Seria rosa se preciso fosse...
Mas se sou assim efêmera prímula
Que tem odor e não floresce a flor
Intocada! Arrepia-me a medula...
Culpa sua que me nega o teu amor
Atreve-se a encarar-me longamente
Olhos nos olhos e a boca tão exposta
Dizendo palavras tolas e mansamente
Sai da minha vida... Estradas opostas!
Resta-me ouvir o murmúrio do vento
Apagar as luzes das minhas fantasias
Sonhar com carícias e atrevimentos
Manter-me-ei virginal e muito lamento
Não desabrochar e até usar de perfídia
Para ser sua por um dia, um só momento!
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