segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sei lá!




Sei lá!


Brumas no olhar, passa o mar, lágrimas
Enfática madrugada , naus perdidas
Vidas desencontradas, sem rimas
E eu que queria ser muito divertida

Vejo-me entre a rosa e os prismas
da face negativa da noite descabida
Preambulos de dor, de autoestima
Minha camisola mal dormida

Amanhece a boca com gosto a fel
Conhaques e cigarros vencidos
Solidão inda presente como um véu

Blues na vitrola, B.B.King Menestrel
Mais um dia desfiado, perdido
Lavo as mãos e olho para o céu...

asteriscos artísticos

Asteriscos artísticos

No porão da minha memória vivia um rato
Impertinente e com os olhos acusadores
Páginas amareladas com poemas demodés
Baudelaire jaz num canto, estátua empoeirada
Parece uma cena típica de Cruz e Souza,
teias de aranha , ambiente sinistro

A ratoeira que deixaram armada já
não me inibe, sinto-me livre agora
Ouço Lenini com a balada do
cachorro louco e vou pra galera


Quanto aos meus neurônios digo
que vão bem e obrigado.

Sou o que sou, alfarrábio de volta
ao porão.

...