domingo, 28 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Quem se importa?
Quem se importa?
Importa se alguém lê?
Não faço referências, crio apenas.
Os versos podem vir lá do Belenzinho,
Do Bixiga, do Brás, da Praça da Sé,
Enfim dessa São Paulo que não
Tem fim e que abraça os imigrantes sem
Nenhuma restrição e cresce, cresce...
Sou mais um em meio à multidão,
Vendendo poemas sem título,
Bem melhor que vender títulos de capitalização.
Daí vem um panaca com cara de quem está
Cozido pela cachaça diária pregando o um
Dicionário de palavras inexatas... Ouço e
Até concordo com ele, apesar de não ter
Entendido nada do que diz.
Após a declamação de seu novo poema brada
Aos quatro ventos: _ Sou...sou...sou...
Sou merda nenhuma!... Concordo de novo!
Só então percebo que um pombo defecou
Em sua cabeça no instante exato da criação,
Nasce um novo autor e nem sei de que raça é...
Volto para minha maloca, paulista de boa
Fé, tomo um café e volto a escrever, ao som
De Demônios da Garoa.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Tô fora!
Tô fora!
Não tenho dúvidas, pari um poema
Em meio aos mendigos oprimidos,
Com a assistência das putas da
Rua Aimorés. Foram os versos
Mais rápidos da história, pois
Em desabalada carreira, pegaram
um trem na Luz , desceram na Barra
Funda e tomaram outro destino.
Palavras ignoradas como aquelas
Proferidas pelos falsos pastores,
Que vão de vagão em vagão à
Cata de fiéis, sei lá...Também
Nem me interessa. Cada um
Tem suas convicções.
O que sei é que o poema foi-se
E nem um adeus acenou.
Meio que de chofre, vislumbrei
Adoniran e ele me disse:
_ Tá louca? Romantismo e lágrimas
Nessa altura do campeonato?
Tô fora!
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Mambo já era bom é o xote!
Mambo já era bom é o xote!
Fino cetim, pele cor do jambo.
Açaí nos lábios, pintura acesa
Na vitrola um disco de mambo
Trejeitos de faceira, princesa
Revira os olhinhos, pisca-pisca
Alerta: Há dois pontinhos eretos
Debaixo da blusa, são as iscas...
E ficas parado, babado, quieto!
Bem sei que a moça tem dotes,
Reforces no manifesto e vá à luta
Se necessário, faça até um fricote
Não deixe a página em branco, risote...
Prega-lhe um trote, prova da fruta
O primeiro passo é mostrar-lhe o xote!
Fique comigo!
Stand by me
O meu sorriso que já foi primavera
Na quimera daquele alvorecer
Sou rosa branca e fiquei à espera
Que o orvalho me fizesse florescer
Desalento, perdida tal o vento
Sucumbi amiúde, reles flor
Sem encanto, a dor enfrento
Não sou musa daquele trovador!
Nudez, minha alma tão alva, pura
Cristalino sentimento, mágoa
Fausto tu poderias ter lisura
Num tempo onde tempo é agrura
Pausadamente o pranto deságua
Stand by me... Amanhecer desventura!
........................................................................
Stand by me
My smile was already spring
At the dawn of that chimera
I'm white rose and I was waiting
The dew made me bloom
Dismay, lost as the wind
Often succumbed, relays flower
Without charm, face pain
I'm not a muse that troubadour!
Nudity, my soul so white, pure
Crystal feeling hurt
Fausto You could have smoothness
In a time where time is acrimony
Slowly flows into the weeping
Stand by me ... Dawn misfortune!
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Não provoca... (chutando o pau da barraca)
Não provoca....
Não se aproxime com versos mixurucas,
Para poeta falta-te a inspiração, a cachaça
E quando por mim passas, meio lelé da cuca
Dou meia volta pois meu corpo te rechaça.
Falando assim, o povo até acha graça.
Com este fogo apagado, vejo a arapuca
Armas o golpe, silencioso feito traça
Porém és sonso, estou de butuca
Vacinada contra tipinhos e trapaças
Não termino o soneto, o lápis me cutuca...
Apontando para tua foto, que ameaça!
A métrica e o lirismo escaparam pela vidraça
E tu me rondas, ziguezagueando como mutuca.
Te liga Mané, some ou acabo com tua raça!
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