quinta-feira, 29 de novembro de 2018


Até breve!

Qual borboleta à espera do fim
Miro o lux desse céu azulinho
Tantas viagens sobre as flores
Cores e perfumes, para enfim
Abraçar o vento e de mansinho
Olvidar do passado de dores
Último voo, universo em mim!


Lá se vão os anéis (e não são de saturno)

Derrapou na contramão das banalidades
Vida fútil, teatro das vaidades
Máscaras de hipocrisia
 Concordou em desistir das ilusões
Viu-se infestada de súbitas questões
Deixou o passado de glórias e discórdias
Investiu em longas viagens astrais
Enfrentou seus próprios monstros
A resposta surgiu num imenso clarão
Dentro de si morava um outro ser
A razão, a verdadeira face da realidade
Esteve aprisionada na holografia
De um mundo perdido no espaço-tempo!

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Holograma



Holograma

As armadilhas estão à espreita e o mundo a girar
O luzidio das belas estrelas sobrepõe-se ao mar
Deveras poderia concluir que é engodo, mágica
Tolo que sou e crendo me erudito vivo a prosar
Hologramas tem sentimentos, paixões e afãs
Discorrem sobre linhas do imaginário viver
O querer atravessa o universo, nave perdida
São voos em busca do “eu” aprisionado,
Esquecido em um plano qualquer a desejar
Um encontro familiar numa galáxia qualquer!


Tânia Mara Camargo

quarta-feira, 25 de julho de 2018

AMNÉSIA


AMNÉSIA

Irreal é o tempo mas assombra meu frágil corpo
Sei que sou mortal, holográfica, personagem
Poesia descabelada, desprovida de anticorpo.
Exaltada atriz no cenário da picaretagem

Passam memórias pelo flash do cérebro sabotado
Sons e percepções na noite constelada
Meus lábios açaí com batom desbotado
Num sorriso irônico sabendo-se um nada

Os algozes engendram os planos, os acordos
Eu travo uma batalha para não os favorecer
Mas sou humana apenas um boi gordo

Amnésia temporária, sou um ser inculto
Mas vou evoluir sem plasmar, crescer
Talvez assim saia daqui, salvo indulto!

Tânia Mara Camargo