quarta-feira, 25 de julho de 2018

AMNÉSIA


AMNÉSIA

Irreal é o tempo mas assombra meu frágil corpo
Sei que sou mortal, holográfica, personagem
Poesia descabelada, desprovida de anticorpo.
Exaltada atriz no cenário da picaretagem

Passam memórias pelo flash do cérebro sabotado
Sons e percepções na noite constelada
Meus lábios açaí com batom desbotado
Num sorriso irônico sabendo-se um nada

Os algozes engendram os planos, os acordos
Eu travo uma batalha para não os favorecer
Mas sou humana apenas um boi gordo

Amnésia temporária, sou um ser inculto
Mas vou evoluir sem plasmar, crescer
Talvez assim saia daqui, salvo indulto!

Tânia Mara Camargo

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