quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Déjà-vu






Déjà-vu

Inalar, absorver, cheiros exóticos
Estar-se á beira de um riacho
Banhar-se de lua, tudo impudico
Mirar teus olhos, brilho macho

Mergulhar nos teus desejos
Saber o que está por trás do espelho
Reflexos de corpos nus, sem pejo
Pintados de estrelas, dobrar os joelhos

Maçãs vermelhas, gosto de pecado
Beijos molhados e atos frenéticos
Perde-se os sentidos, nirvana alcançado

Déjà-vu, foi ontem ou mês passado?
Inusitado, faço viagens em publico
Nos braços de um homem apaixonado!

Déjà-vu






Déjà-vu

Inalar, absorver, cheiros exóticos
Estar-se á beira de um riacho
Banhar-se de lua, tudo impudico
Mirar teus olhos, brilho macho

Mergulhar nos teus desejos
Saber o que está por trás do espelho
Reflexos de corpos nus, sem pejo
Pintados de estrelas, dobrar os joelhos

Maçãs vermelhas, gosto de pecado
Beijos molhados e atos frenéticos
Perde-se os sentidos, nirvana alcançado

Déjà-vu, foi ontem ou mês passado?
Inusitado, faço viagens em publico
Nos braços de um homem apaixonado!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Receita de Oftalmologista


Receita de Oftalmologista

Queimei-te em meus olhos
Destemperei as velhas ilusões
Por quanto tempo estive cega?
Meu corpo abomina o toque
As coloquiais palavras [de amor]
Coisas do cotidiano [sem sal]
Tudo igual desandou, [cansei-me]

Receita de Oftalmologista


Receita de Oftalmologista

Queimei-te em meus olhos
Destemperei as velhas ilusões
Por quanto tempo estive cega?
Meu corpo abomina o toque
As coloquiais palavras [de amor]
Coisas do cotidiano [sem sal]
Tudo igual desandou, [cansei-me]

Branca é a lua



Branca é a lua!

Há na noite exótico perfume
Cupidos atiram as flechas
Nos corações em queixume
Paixão sem deixar brecha

Silêncio e solidão vencidos
Carências que se extrapolam
Gemidos e beijos sentidos
Sem sentido o tempo perdido

Mata-se a sede do desejo, a pua
Bebe-se da saliva, do mel
Ativa-se a libido. E tu?

Que fazes branco como papel?
Vês que estou rubra, estou nua
Esperando que me leves ao céu!


Branca é a lua



Branca é a lua!

Há na noite exótico perfume
Cupidos atiram as flechas
Nos corações em queixume
Paixão sem deixar brecha

Silêncio e solidão vencidos
Carências que se extrapolam
Gemidos e beijos sentidos
Sem sentido o tempo perdido

Mata-se a sede do desejo, a pua
Bebe-se da saliva, do mel
Ativa-se a libido. E tu?

Que fazes branco como papel?
Vês que estou rubra, estou nua
Esperando que me leves ao céu!


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dança da vida



Foge um olhar, de soslaio, traição
O corpo não admite, frio, tremulo
Bate no peito um pequeno coração
Que a põe em xeque num pêndulo

Vê o mundo de cabeça para baixo
Em contradições acordes da paixão
Música aos ouvidos, contrabaixo
Blues e Hard Core, louca sensação

O copo de uísque a observa
Fumaça e flashes a encobrir
Um corpo nu que a ele enerva

Mas o corpo tem alma sensível
É mulher que tenta não se iludir
Encara a vida a bailar o impossível!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ibejis =- Estrelinha



IBEJIS

ESTRELINHA




No céu nasceu uma estrela.
A rainha da constelação a fez tão pequenina e com um brilho intenso. Ofusca a visão, minúscula mais muito sábia.
Era um azul indescritível no firmamento.
Uma estrela que surgia para brincar entre as nuvens de algodão, desenrolar fios prateados da lua e esconder-se atrás do sol.
Um anjo vestido de luz a guiar nossas vidas.
Baixar nas águas, felizes momentos de um banho de espuma, escorregar nas cachoeiras e imitar as sereias.
Mamãe Oxum muito orgulhosa, afinal era o seu próprio reflexo, deu alma de menina aquela Estrelinha.


Ibejis =- Estrelinha



IBEJIS

ESTRELINHA




No céu nasceu uma estrela.
A rainha da constelação a fez tão pequenina e com um brilho intenso. Ofusca a visão, minúscula mais muito sábia.
Era um azul indescritível no firmamento.
Uma estrela que surgia para brincar entre as nuvens de algodão, desenrolar fios prateados da lua e esconder-se atrás do sol.
Um anjo vestido de luz a guiar nossas vidas.
Baixar nas águas, felizes momentos de um banho de espuma, escorregar nas cachoeiras e imitar as sereias.
Mamãe Oxum muito orgulhosa, afinal era o seu próprio reflexo, deu alma de menina aquela Estrelinha.


Ibejis - Borboleta

Ibejis



Ibejis - Borboleta

Ibejis



Ibejis


IBEJIS




Pepitas de ouro brincam nas águas do rio.
Borboletas sobrevoam num balé delicado, ousado.
Espadas cortam o tempo, desaba uma chuva de prata.
Jóias de coral, pérolas, dentro da caixinha misteriosa da Baronesa.
Tantas princesas com cachinhos dourados, meninas delicadas.
Fadas que surgem no crepitar do fogo, uma chama de esperança. Cantam os rouxinóis, bem-te-vis, colibris... O pavão exibe as plumas, um raio de sol a iluminar a alma.
No céu, uma nuvem de prata sorri ao recolher as flechas arremessadas ao vento.
Enquanto os deuses governam, a natureza faz festa todos os dias.
Crianças sabidas, travessuras cheias de lições.
Ibejis, os mensageiros da alegria.


Ibejis


IBEJIS




Pepitas de ouro brincam nas águas do rio.
Borboletas sobrevoam num balé delicado, ousado.
Espadas cortam o tempo, desaba uma chuva de prata.
Jóias de coral, pérolas, dentro da caixinha misteriosa da Baronesa.
Tantas princesas com cachinhos dourados, meninas delicadas.
Fadas que surgem no crepitar do fogo, uma chama de esperança. Cantam os rouxinóis, bem-te-vis, colibris... O pavão exibe as plumas, um raio de sol a iluminar a alma.
No céu, uma nuvem de prata sorri ao recolher as flechas arremessadas ao vento.
Enquanto os deuses governam, a natureza faz festa todos os dias.
Crianças sabidas, travessuras cheias de lições.
Ibejis, os mensageiros da alegria.


terça-feira, 6 de outubro de 2009

Natureza de mulher











Natureza de mulher











Destino de rosa!



Destino de rosa!

Júbilo de setembro venturoso
Flores miúdas dizem bom dia
O vento agradece clamoroso
Perfumando as cercanias

As luzes perduram, arrebol
Imagem que se faz tardia
Em meus olhos um farol
O brilho da primavera me guia

Na cantoria dos novos menestréis
Plumagem de aves recém paridas
Nos ninhos de amor e guarida

Esperanças surgem, são anéis
A vida se escreve, linha colorida
Rosa é meu nome desde nascida!


Destino de rosa!



Destino de rosa!

Júbilo de setembro venturoso
Flores miúdas dizem bom dia
O vento agradece clamoroso
Perfumando as cercanias

As luzes perduram, arrebol
Imagem que se faz tardia
Em meus olhos um farol
O brilho da primavera me guia

Na cantoria dos novos menestréis
Plumagem de aves recém paridas
Nos ninhos de amor e guarida

Esperanças surgem, são anéis
A vida se escreve, linha colorida
Rosa é meu nome desde nascida!


Teu riso



Teu riso

Um sorriso em tua boca
Minha estrada se alarga
Felicidade que não é pouca
Transborda a malga!

Braços abertos à espera
Do meu corpo frágil
A razão? Amor prolifera!

Bandada! _ Til, til!
Alegres vão as aves ao sul
Desnorteando a tarde sutil

Ninguém sabe ou viu
Minhas penas foram ao Paul
A lua olha para o sol e diz, psiu!


Teu riso



Teu riso

Um sorriso em tua boca
Minha estrada se alarga
Felicidade que não é pouca
Transborda a malga!

Braços abertos à espera
Do meu corpo frágil
A razão? Amor prolifera!

Bandada! _ Til, til!
Alegres vão as aves ao sul
Desnorteando a tarde sutil

Ninguém sabe ou viu
Minhas penas foram ao Paul
A lua olha para o sol e diz, psiu!


domingo, 4 de outubro de 2009

Porque se vão as Mães?


Porque se vão as Mães?

Ando pelas ruas a chutar latas
Os cães ladram, pessoas olham,
Voam asas de baratas
E vou sem certeza  de me encontrar.
Ontem choveu e as poças nas
Calçadas demarcam o caminho de
Casa. Lágrimas por não ter para
Onde voltar. Lembro dos pomares,
Das frutas maduras, jabuticabas.
A gente não tinha muito para comer.
Estávamos lá na casa de madeira,
Com pouco conforto e inocentes
Sem pensar em futuro. Cada um
Seguiu um destino, cinco estradas
Diferentes e você  está em sono
Profundo.

Porque se vão as Mães?


Porque se vão as Mães?

Ando pelas ruas a chutar latas
Os cães ladram, pessoas olham,
Voam asas de baratas
E vou sem certeza  de me encontrar.
Ontem choveu e as poças nas
Calçadas demarcam o caminho de
Casa. Lágrimas por não ter para
Onde voltar. Lembro dos pomares,
Das frutas maduras, jabuticabas.
A gente não tinha muito para comer.
Estávamos lá na casa de madeira,
Com pouco conforto e inocentes
Sem pensar em futuro. Cada um
Seguiu um destino, cinco estradas
Diferentes e você  está em sono
Profundo.

Inacabado


Inacabado

Unicórnio branco, anjo meu disfarçado
Que tristeza essa que me abate agora
Deixei um adeus por dizer, inacabado
A verdade dói, mas preciso ir embora

Vou buscar outros caminhos, a paz
Pretensa calma de espírito e talvez
Essa ausência de mim mesma seja eficaz
Quem sabe até te encontre mais uma vez.

Enquanto me mantenho além mundo
Vou curar as feridas de minha alma
Tentar livrar-me desse abismo profundo

Cuida-me á distância e não se aproxima
Pode acontecer que num pranto sentido
Eu grite seu nome, afinal amor não se subestima!



Inacabado


Inacabado

Unicórnio branco, anjo meu disfarçado
Que tristeza essa que me abate agora
Deixei um adeus por dizer, inacabado
A verdade dói, mas preciso ir embora

Vou buscar outros caminhos, a paz
Pretensa calma de espírito e talvez
Essa ausência de mim mesma seja eficaz
Quem sabe até te encontre mais uma vez.

Enquanto me mantenho além mundo
Vou curar as feridas de minha alma
Tentar livrar-me desse abismo profundo

Cuida-me á distância e não se aproxima
Pode acontecer que num pranto sentido
Eu grite seu nome, afinal amor não se subestima!



sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ode a minha tristeza


Ode a minha tristeza

Nada detém a palavra
Na boca da imaginação
Poeta vomita, lavra
Vês porque tenho razão?

Passou um vento a zumbir
Tentando destruir a plantação
No jardim as flores a cair
Frases poéticas diziam: Não!

O céu despencou sua água
Pensei na fertilidade do sertão
“Vidas Secas” agora flutua
Em meus pensares um grotão

Graciliano se veste de Fabiano,
Pisa a terra árida em desolação
Serve o papagaio para a refeição
À Baleia os ossos, rabo em abano.

Quintana aponta-me as andorinhas
Cantam? Fazendo tremenda alegoria
Defecam em minha cabeça, entrelinhas
E o amor? Passou e levou-me a sabedoria

Cecília traz-me as luvas e canta
“Não sou alegre nem triste”
O meu amor já não me encanta
Nas sombras sou nada, estou em riste

“As casas espiam os homens”
Minha alma é morada da incerteza
Poeta das inutilidades, passam os trens
Sou nada e os dormentes são certezas

Mas sou a cabocla da Cora Coralina
Dentro de mim moram os Orixás africanos
Oxossi guerreiro e Oxum menina
Entre o rude e a doçura abraço os desenganos!




Ode a minha tristeza


Ode a minha tristeza

Nada detém a palavra
Na boca da imaginação
Poeta vomita, lavra
Vês porque tenho razão?

Passou um vento a zumbir
Tentando destruir a plantação
No jardim as flores a cair
Frases poéticas diziam: Não!

O céu despencou sua água
Pensei na fertilidade do sertão
“Vidas Secas” agora flutua
Em meus pensares um grotão

Graciliano se veste de Fabiano,
Pisa a terra árida em desolação
Serve o papagaio para a refeição
À Baleia os ossos, rabo em abano.

Quintana aponta-me as andorinhas
Cantam? Fazendo tremenda alegoria
Defecam em minha cabeça, entrelinhas
E o amor? Passou e levou-me a sabedoria

Cecília traz-me as luvas e canta
“Não sou alegre nem triste”
O meu amor já não me encanta
Nas sombras sou nada, estou em riste

“As casas espiam os homens”
Minha alma é morada da incerteza
Poeta das inutilidades, passam os trens
Sou nada e os dormentes são certezas

Mas sou a cabocla da Cora Coralina
Dentro de mim moram os Orixás africanos
Oxossi guerreiro e Oxum menina
Entre o rude e a doçura abraço os desenganos!




quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Lágrima de poeta





Lágrima de poeta

Busquei o fio tênue de esperança
Fitando o mar em percurso sereno
Pescadores lançavam as redes,
Sereias escondiam-se temerosas.
Lentamente, o silêncio tomou
Conta das areias. Solitária,
Quando o céu entregava às águas
Estrelas azuis e minhas lágrimas
Matizadas misturavam-se às ondas.
--------------------------------------------

Vai lágrima minha, viajante
Distante a procurar refrigério
Alma de poeta é inconstante
Inspiração surge como mistério

Vai lágrima sentida aos confins
Percorre o mundo das ilusões
O mar tem perfume de jasmins
Yemanjá, senhora das razões.

Vai lágrima e não olhe para trás
Siga o destino das maresias
A felicidade é um tanto fugaz
Somente sobrevive a poesia

Vai lágrima, vá ser semente
Brotar na face dos observantes
Escritores e poetas prudentes
Desse mundo de ignorantes.




Lágrima de poeta





Lágrima de poeta

Busquei o fio tênue de esperança
Fitando o mar em percurso sereno
Pescadores lançavam as redes,
Sereias escondiam-se temerosas.
Lentamente, o silêncio tomou
Conta das areias. Solitária,
Quando o céu entregava às águas
Estrelas azuis e minhas lágrimas
Matizadas misturavam-se às ondas.
--------------------------------------------

Vai lágrima minha, viajante
Distante a procurar refrigério
Alma de poeta é inconstante
Inspiração surge como mistério

Vai lágrima sentida aos confins
Percorre o mundo das ilusões
O mar tem perfume de jasmins
Yemanjá, senhora das razões.

Vai lágrima e não olhe para trás
Siga o destino das maresias
A felicidade é um tanto fugaz
Somente sobrevive a poesia

Vai lágrima, vá ser semente
Brotar na face dos observantes
Escritores e poetas prudentes
Desse mundo de ignorantes.