segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Assim, através de notícias...

Homenagem dos seus primos: Tânia Mara e Régis Camargo



Ariadene Penteado Camargo.



Jornalista com 40 anos de atuação no Grupo Estado, Ariadene Penteado Camargo morreu na sexta-feira, em São Paulo, aos 66 anos. Ari, como era conhecido por colegas do Jornal da Tarde e de O Estado de S. Paulo, sofreu um infarto em sua casa.



Ari, que nasceu em Marília (SP), foi redator da editoria internacional do Estadão e do Jornal da Tarde e editor da primeira página do Jornal da Tarde. Seus amigos de ofício costumavam descrevê-lo como um profissional dedicado, exigente e de humor peculiar.



Como redator sempre primou pelo bom uso da língua portuguesa, sendo responsável pelo “pente fino” de muitas edições do Jornal da Tarde. Além disso, na redação, ele era o jornalista mais consultado por repórteres sobre dúvidas gramaticais.



Mesmo sendo corintiano fanático, não poupava seu time do coração de observações ácidas e pessimistas. O jornalista deixa mulher e três filhos.

----------------------



http://blogs.estadao.com.br/jt-cidade ... ARIADENE+PENTEADO+CAMARGO

------------------------

Tania, bom dia.



Você soube da morte do seu primo Ariadine Penteado Camargo?



Saudações,



Cláudio Amaral

http://twitter.com/amaralclaudio








Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=166948#ixzz19K1tebx3

POEMA DE BOLSO

Notas amassadas, de real não tem nada.

Camarada, não te conto sobre a tais moedas

Cara e coroa em um grande amasso num

Maço de cigarros de segunda e a identidade

Lavada várias vezes em aguardente.

Um lenço jaz branco, virgem...







Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=166918#ixzz19K1HBe6L

ELE, ELA E A TRAMELA

Ele, ela e a tramela.



Andava a moçoila com desdém,

Esbarrei-me nela assim por acaso

Apressado mas a notei, até caso...

Qual nada, o descaso foi além.

Seguiu rua abaixo feito um vintém

Brilhava e aquelas pernas roliças...

A carne parecia macia e maciça

As ancas puro filé de primeira

Será que a danada é solteira?

Santo Deus! Perdoai minha cobiça!



Cruz credo! Ainda faz sinal de cruz

Desnudou-me com os olhos acesos

Bem notei que algo estava teso

Mantive o queixo ereto e o status

Equilibrei o nariz, ai Jesus!

Difícil manter a pose de donzela

Queria mesmo era uma apalpadela

Daquelas de desnortear as coxas

Que me deixam de unhas roxas

Pena que minha porta tem tramela!







Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=164328#ixzz19K0zAqSg

DÉMODÉ

DÉMODÉ

Venho desfiando raios de sol

Que se deitam comigo pela manhã.

Imprevisto pode ser o dia, porem creio

Nas nuvens lilases do entardecer.

Espero pela gota de orvalho que cai

Sobre a vidraça para o teu nome escrever.

Sei que sou démodé, mas o amor causa-me.

Estas loucuras.



Venho tentando roubar o perfume das

Rosas de jardins alheios e escrevo bilhetes

Apaixonados que faria o carteiro estremecer.

Finjo-me bailarina tentando

Acertar um demi-plié , em seguida

Dar um sissone para enfim num cruzado

Prender você.



Concentro minhas energias,

Calmamente beijo tua boca

E louca eternizo meu corpo

De mulher consciente dentro

Do teu ser.

Sei que sou démodé!





Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=164153#ixzz19K0emUxd

XANGÔ PRA JULIO SARAIVA

Xangô para Julio Saraiva



Na quarta-feira peguei a gamela de madeira

Acendi uma vela branca e outra vermelha,

E a cobra coral piou, piou!

Sete chances para amar, sete para morrer.

Veio o trovão... A pedra rolou!

Preparei o pirão, juntei as Catarinas e

A maçã.

Kâo Kabecile!



Lucidez eu pedi, pois de amor me perdi

Vou morrer em tal tormento,

Amo sete dias e em sete palavras me

Declaro: poeta!

Kâo Kabecile



Liberta-me da armadilha, aqueles olhos

Vivem a me hipnotizar.

Iansã contigo a reinar e amar...

Ah! Meu Orixá, tu entendes a dor

Do querer e a queimar neste peito

Está a razão de este padecer.

Morrer de amor naqueles braços,

Seria a glória do meu viver!

Kâo Kabecile







Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=163952#ixzz19K0CC3D9

PARA SOFIA

Para Sofia



Olha o mar tão calmo e veja a paisagem.

A pátria tão doce fixada em moldura.

Vento com perfume das amoras bravas.

Então poeta, sinta-se livre, cante

e vista-se somente de poesia.

A praia branca onde espumas se

Deleitam nas areias não há ondas

Que impeçam a tua voz.

No ritual diário da lua és uma deusa

Liberta dos teus ais.

Vem Sofia, ensina-me a amar!



Singela homenagem a Sophia de Melo Breyner Andresen





Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=163937#ixzz19JzjbAQi

MEMÓRIAS DE UMA DEUSA

MEMÓRIAS DE UMA DEUSA



Sentia-me afoita naquela manhã

Um calor percorria meus espartilhos

Uma comichão invadia os amarrilhos

Vestes difíceis de retirar e que afã...

Pensares obscenos valha-me Iansã!

Donzela, permaneço e estremeço...

Mas tudo há de ter um bom começo

Deixo as mesuras nas gavetas

Alço um voo a imitar borboleta.

Pouso silencioso no teu corpo possesso



De prazeres enfeito minha face

A beleza do rubor em meus lábios

Encanto de Oxum deusa dos rios

Provocando a lua e no entrelace

Meus olhos virginais em trespasse

Migram num horizonte infindável

Tua boca deslizando insaciável

Entre seios vertiam cachoeiras

Correndo pelo ventre, ligeiras

Virgindade palavra memorável!





Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=163611#ixzz19JzD7LJa

São as águas de março fechando o verão (Elis Regina)

São as águas de março fechando o verão (Elis Regina)



Diga-me quantos foram os mortos?

Aponta-me com sua destra mão

Quem foi o arauto que ouviu e viu

Os corpos abatidos, as partículas

Humanas espalhadas pelo chão.

Humanas?...Quem são os mortos e

Feridos, bandidos ou inocentes?



Diga-me quantos debandaram

Pelas matas como animais ferozes,

Dispostos a matar e morrer?





E o poeta abandona o lirismo,

Já não escuta o canto da cotovia,

A realidade abrupta de nossos tempos

Infesta seus cabelos, como piolhos

Distribuindo as lêndeas, mais e mais

Virão até a desinfecção total.



E as lendas continuarão a serem fabricadas,

Em cada tanque que avançar novos heróis

Anônimos deixarão o sangue na calçada

Da fama.

Segue o rio e quiçá as águas de março venham para

Retirar pau e pedra do fim do caminho.

-------------------------------------------------

Somente penso nos inocentes...



Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=162836#ixzz19JybhGAC

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

PASSADO - Poemas - Poemas e Frases - Luso-Poemas

PASSADO - Poemas - Poemas e Frases - Luso-Poemas



Passado


Quiçá expressasse aquela ternura

Laços de cetim sobre as madeixas

Cujos olhos cintilassem mais

Que um constelar de estrelas.





Ah! Meiguice que entornava

Minha face de pueril donzela

Sentinela, gazela

Em passos suaves,

Esvoaçantes vestes,

Pomba branca em voo

No imaginário céu que

Compunha teu olhar.





Noturnos devaneios atrás das

Cortinas de esperanças

Tremulavam as mãos,

Sensações de carinho

Inundavam meu corpo lânguido.

Urgia um toque, hálito quente.

Borbulhante desejo...



E não mais me vejo...

Na barcarola do tempo

Ouço apenas a música do vento

Sem tempo para voltar no outrora

Desperto e sinto que sou apenas

Cinzas de um livro que foi minha vida







Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=157777#ixzz19K2rG2WH

PRECE DE AMOR - Poemas de amor - Poemas e Frases - Luso-Poemas

PRECE DE AMOR - Poemas de amor - Poemas e Frases - Luso-Poemas






Prece de amor

Sina de amor é pranto

Dói por querer-te tanto

Tu és a minha mãe pátria

A casa de minh’alma

Céu dos olhos de Maria

Virgem traga-me calma!





Ah solidão tamanha

Insípida lágrima

Poesia a esvair-se

Nem o vento me chama

Peço piedade, Rainha!



Coisas meras, desejos...

Almejar doces beijos

O sol em minha face

Os pomares... Floradas

Terra e água em enlace

Alegria... Passarada!





Que eu tenha áureos dias

Pueril e bela criança

Inocência mantida.

Minha estrela luzidia

Dá-me viva esperança

Humanitária vida!











Luz divina que irradia

Do coração de Maria

Ouça meus ais, apelos,

Pois que amar um só ser

Com tanta força e zelo

É viver e quase morrer!







Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=146793&sms_ss=blogger&at_xt=4cc958eb44b3af0d,0#ixzz19K3eYOvP

TALVEZ HAJA UM HOMEM QUE ME AME - Poemas - Poemas e Frases - Luso-Poemas

TALVEZ HAJA UM HOMEM QUE ME AME - Poemas - Poemas e Frases - Luso-Poemas







TALVEZ HAJA UM HOMEM QUE ME AME



Saio perambulando, alta madrugada. Finjo-me de Pagú atraindo olhares...

Néons da Avenida Paulista.

Minha sombra tenta evadir-se, querendo

levar-me ao botequim mais próximo.

Pretensiosa!

Mantenho-me firme sobre os saltos de

minhas sandálias plataforma, como uma

passageira da noite.

Ah! Talvez um homem me ame... Talvez!

Não sei se o encontrarei na esquina mais

próxima e sigo...

Retoco o batom carmim tentando avivar

a esperança. De chofre deparo-me com

o espelho, expressão de mulher bem vivida.

Mas talvez um homem me ame!

Ele está nessa cidade, numa reclusão de

sentidos, esperando que eu bata à sua porta

e sem improviso de cena lhe diga:

Finalmente a paz!







Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=157425#ixzz19K4D5cuG

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Escuridão


Escuridão



Perdoa-me, não há luz em meu olhar

Minha carne a deteriorar, fétida

Resta-me a alma a te procurar

Nas esquinas desta avenida



Lembra s dos nossos encontros diários?

Cinco minutos de êxtase, alegria

Era a eternidade, relicário

o tempo fez tudo ser nostalgia



Doía o coração e as lembranças

Definharam. Morte dos ideais

Sonhos enterrados, sem esperanças



Vale das ironias, desconfianças

Das regras, das diferenças sociais

Fantasma em busca de paz, bonança.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Nove meses

O blog tem exatamente 9 meses de existência e
já atingiu 10.000 leituras. Estou muito feliz e
agradecida a todos os leitores.
Beijos!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Depois da noite constelada...






Quando o sol adentrou pela janela

Um fio de esperança se instalou

Em meu peito e senti-me bela

Uma flor, que tanto já amou



Foram tantas inquietações solitárias

Sonhos desfeitos... Passaram anos

Marcas tatuadas pelas lutas diárias

Onde está você, senhor dos meus planos?



Em que constelação está seus olhos claros

Daquele azul enigmático que me vestia

De brilhos coesos? Lume tão raro!



Hoje o sol veio me dizer da alquimia

Da breve passagem onde o amor é amparo

Para nossas almas separadas à revelia!

quarta-feira, 10 de março de 2010

ANGEL


ANGEL
Surges así,

Vestida de fiesta,

Rayo de sol a Invadir

mi tranquila.



Bailas así,

Toda dorada,

Arranca aplausos

Del pianista eufórico

Por tocarte el alma.



Sonreí así,

Este color de marfim,

Tus dientes la cravar en mí.



De la cama prisionero,

Fuego y brasa que

Alastra,

llama de horas y horas,

Hasta en cenizas acabar.



Causa delirios

Y suspiros...



Acostas finalmente,

Para desnudarse de la

Fantasia de un querubim.

terça-feira, 9 de março de 2010

LUNA Y SOL

LUNA Y SOL





Cuando brillas en el cielo

Estrechas mi cuerpo que te llama

En llamas retiro el fino véu

Para ser tu mujer, tu dama.



Me enamora atardecerlo

Mi ojo mantiene tus reflexos

Misterios me hacen quererte

Y morir en tus amplexos



Blanca de virtud y fantasias

Sin saber donde acaba o principia

Caliento la madrugada fría

Pues tu calor aún se pronuncia



Ah, ansia loca, tus besos!

Ruborizada ante al deseo

Que en un instante de gloria

Provoca un eclipse en la historia



Alhures los amantes se inspiran

Finalmente la pasión baila en el aire

En el cielo estoy de tanto amar

Y las estrellas solitarias suspiran!

LADY IN RED

http://allpoetry.com/poem/5800781

LADY IN RED






When you thought having a great love

You have been deceived by passion and lust

In the mouth a poison that sky delights

Seductive lips that caused so much pain



Bowel invaded by indecency

Dilated veins the craving for pleasure

Beautiful body and you say this is the glory of a live

The flower of opium exhaled all the hypocrisy



Lady in red with their neatly

Fireworks, as passengers ...

Reason for your immense despair



Now you think the target is cheater

The way that I also want

But it belongs to the whole world!

BRIDAL GOWN

http://allpoetry.com/poem/5792871

BRIDAL GOWN




The fog invade the enclosure

Dungeon created by my mind

The agony is so this company

Without peace the end of time envision



Never confess what I feel

However, eroded my pain imaging

My body Levite, dying, sick.

I lost the freshness, the beauty of the flower hyacinth.



My eyes opaque, do not shed tears.

In arid or feelings bloom

The ghost of suffering is lurking



I wish I had back to youth

Have courage, drive, that restlessness.

But it's because you can not hear my complaints!



II



White slab stone figure

Wedding dress hanging lies

What dew heat sinking

It was undone when he thought about reaching the apex.



Cruelty as cobra venom

Killed me the dream of having you by my side

My heart bleeds with this fate

Paths of no return, passion without vertex



Among us there were only barriers

Love charms and there has borders

Missed me raise the flight of freedom



My cries echoed later

Did you ... To you only

Requiem who loved the truth!

------------------------------------------------------

FEELINGS

http://allpoetry.com/poem/5770881

FEELINGS




Go one more january

Days of incessant.

There is no way to stop them.

The flow in the uncertain

Attending my feelings.

Yesterday exciting and behold

An unwary.

It was all vague.

The flute of nights

Moonlit, songs

Melancholy without

Verse or prose.

Was ambiguous, broken.

How friendly would have been

Alteros, rhythmic,

In an accelerated pace,

Braving the wind ...

Revealing the time

And you find again.

The virtue of love

http://allpoetry.com/poem/5854165

The virtue of love




Silence crowned with purple clouds

The sky of yesterday back to hover on the look

The lady of the night comes from snow white faces

Feelings, things I can not explain.



Dew gently brings the heat

Red roses exposed to moonlight

Euphoric to exhale sweet fragrance

They know that I suffer for so much love.



And I love your quietness, your anger, your laughter

Your accuracy male to win

Why do so and you know you need.



I love your unique way of being in

As if today was hell and heaven

And I the only one in your soul knows penetrate!

FOR YOUR EYES ONLY!

http://www.voicesnet.org/displayonepoem.aspx?poemid=159959

FOR YOUR EYES ONLY!




Stars fleeting look of your

Younger romantic, linen suit.

Look to the sky, azulinho

Tell me, Come lady, I love you!



Adejai on thy snowy forehead

My name, pink, mermaid, goddess ...

Shout to the world - Brave!

Headquarters my bard, you will not refuse



Usai me as an instrument of pleasure

In chords lyrics, touch my breasts

Sing to me, make me mad!



Then let me! Love will die

Wake me with kisses and entanglement

For only in your eyes I will rise again!

LOVE POET

LOVE POET






I love the rose tattoo on your face, your mouth.

The kiss that explodes made wild river empties into the sea

That spontaneous laughter, malicious, that my desire arises.

You loved for a lifetime want to be.



I love your black hair, smelling wildflowers.

Full head of hair that shines like moonless night.

Boy I done lost,

I'm child and man, a poet of love.



I love the woman who dwells in this body,

Diverts his innermost secrets,

I warrior won.

This your waist frame that makes me mad

A twisty ending, opening

The gates of paradise.



I love your eye color indefinitely

From night-bird,

That in my lands,

Seeking the light of day.



I love your arms because they are a big trap,

Prisoner of a voluntary Sincerely,

Flee me time

I do not know if it's day ...

I do not know if it's night ...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Quem se importa?



Quem se importa?



Importa se alguém lê?

Não faço referências, crio apenas.

Os versos podem vir lá do Belenzinho,

Do Bixiga, do Brás, da Praça da Sé,

Enfim dessa São Paulo que não

Tem fim e que abraça os imigrantes sem

Nenhuma restrição e cresce, cresce...

Sou mais um em meio à multidão,

Vendendo poemas sem título,

Bem melhor que vender títulos de capitalização.

Daí vem um panaca com cara de quem está

Cozido pela cachaça diária pregando o um

Dicionário de palavras inexatas... Ouço e

Até concordo com ele, apesar de não ter

Entendido nada do que diz.

Após a declamação de seu novo poema brada

Aos quatro ventos: _ Sou...sou...sou...

Sou merda nenhuma!... Concordo de novo!

Só então percebo que um pombo defecou

Em sua cabeça no instante exato da criação,

Nasce um novo autor e nem sei de que raça é...

Volto para minha maloca, paulista de boa

Fé, tomo um café e volto a escrever, ao som

De Demônios da Garoa.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Tô fora!


Tô fora!




Não tenho dúvidas, pari um poema

Em meio aos mendigos oprimidos,

Com a assistência das putas da

Rua Aimorés. Foram os versos

Mais rápidos da história, pois

Em desabalada carreira, pegaram

um trem na Luz , desceram na Barra

Funda e tomaram outro destino.

Palavras ignoradas como aquelas

Proferidas pelos falsos pastores,

Que vão de vagão em vagão à

Cata de fiéis, sei lá...Também

Nem me interessa. Cada um

Tem suas convicções.



O que sei é que o poema foi-se

E nem um adeus acenou.

Meio que de chofre, vislumbrei

Adoniran e ele me disse:

_ Tá louca? Romantismo e lágrimas

Nessa altura do campeonato?

Tô fora!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Mambo já era bom é o xote!


Mambo já era bom é o xote!



Fino cetim, pele cor do jambo.

Açaí nos lábios, pintura acesa

Na vitrola um disco de mambo

Trejeitos de faceira, princesa



Revira os olhinhos, pisca-pisca

Alerta: Há dois pontinhos eretos

Debaixo da blusa, são as iscas...

E ficas parado, babado, quieto!



Bem sei que a moça tem dotes,

Reforces no manifesto e vá à luta

Se necessário, faça até um fricote



Não deixe a página em branco, risote...

Prega-lhe um trote, prova da fruta

O primeiro passo é mostrar-lhe o xote!

Fique comigo!


Stand by me




O meu sorriso que já foi primavera

Na quimera daquele alvorecer

Sou rosa branca e fiquei à espera

Que o orvalho me fizesse florescer



Desalento, perdida tal o vento

Sucumbi amiúde, reles flor

Sem encanto, a dor enfrento

Não sou musa daquele trovador!



Nudez, minha alma tão alva, pura

Cristalino sentimento, mágoa

Fausto tu poderias ter lisura



Num tempo onde tempo é agrura

Pausadamente o pranto deságua

Stand by me... Amanhecer desventura!

........................................................................

Stand by me



My smile was already spring

At the dawn of that chimera

I'm white rose and I was waiting

The dew made me bloom



Dismay, lost as the wind

Often succumbed, relays flower

Without charm, face pain

I'm not a muse that troubadour!



Nudity, my soul so white, pure

Crystal feeling hurt

Fausto You could have smoothness



In a time where time is acrimony

Slowly flows into the weeping

Stand by me ... Dawn misfortune!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Não provoca... (chutando o pau da barraca)


Não provoca....




Não se aproxime com versos mixurucas,

Para poeta falta-te a inspiração, a cachaça

E quando por mim passas, meio lelé da cuca

Dou meia volta pois meu corpo te rechaça.



Falando assim, o povo até acha graça.

Com este fogo apagado, vejo a arapuca

Armas o golpe, silencioso feito traça

Porém és sonso, estou de butuca



Vacinada contra tipinhos e trapaças

Não termino o soneto, o lápis me cutuca...

Apontando para tua foto, que ameaça!



A métrica e o lirismo escaparam pela vidraça

E tu me rondas, ziguezagueando como mutuca.

Te liga Mané, some ou acabo com tua raça!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Sem mais nem delongas

Sem mais nem delongas...






Pois que posso fazer-te versos mil

Entrelaçá-lo em minhas madeixas

Nas minhas coxas de maneira sutil

Produzir-me como uma gueixa...



Doce que vem de teu beijo amoroso

Crio asas, alço voos rumo ao infinito

Onde sou princesa de corpo fogoso

E tu meu rei é mais do que foi escrito





Nada define o encanto e o sabor

Nem a flor com o néctar vibrante

Pode realçar o gosto de um beijo de amor



Nem um poema pode ter o frescor

De teus lábios macios e excitantes

Que me fazem poetisa sem pudor!


Seria rosa se preciso fosse...

Seria rosa se preciso fosse...




Mas se sou assim efêmera prímula

Que tem odor e não floresce a flor

Intocada! Arrepia-me a medula...

Culpa sua que me nega o teu amor



Atreve-se a encarar-me longamente

Olhos nos olhos e a boca tão exposta

Dizendo palavras tolas e mansamente

Sai da minha vida... Estradas opostas!



Resta-me ouvir o murmúrio do vento

Apagar as luzes das minhas fantasias

Sonhar com carícias e atrevimentos



Manter-me-ei virginal e muito lamento

Não desabrochar e até usar de perfídia

Para ser sua por um dia, um só momento!


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Meus brincos lápis-lázuli



Meus brincos lápis - lázuli

Sentei-me à sombra das árvores,
Olhar sem meta, apenas uma cisma
Construir poemas? Fugiam as rimas...
Dois corações azuis, meus amores

Lápis- lazuli pendurados nas orelhas
Meus brincos de suposta princesa
Operária das letras sempre indefesa
Esqueci-me que sou mera  abelha

Zumbindo vou extraindo o mel
Das flores que nascem  na minha mente
Jardins coloridos na folha de papel

Tento simplesmente ir até o céu
Nas asas da imaginação, levemente
Balançam meus brincos ao léu...


Meus brincos lápis-lázuli



Meus brincos lápis - lázuli

Sentei-me à sombra das árvores,
Olhar sem meta, apenas uma cisma
Construir poemas? Fugiam as rimas...
Dois corações azuis, meus amores

Lápis- lazuli pendurados nas orelhas
Meus brincos de suposta princesa
Operária das letras sempre indefesa
Esqueci-me que sou mera  abelha

Zumbindo vou extraindo o mel
Das flores que nascem  na minha mente
Jardins coloridos na folha de papel

Tento simplesmente ir até o céu
Nas asas da imaginação, levemente
Balançam meus brincos ao léu...


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

HAITI





Haiti

Ai de ti nesse mundo onde a terra  não pariu
As muxibas secas... Leite supérfluo  alimento
Pobres detentos da miséria...Puta que pariu!
Fome [é palavra de luxo] certa é carvoento

Treme a terra árida,  mortos empilhados
Crianças mutiladas, costuradas nas calçadas
Raquíticos seres  de olhos desesperados
Há esperança para a pátria tão amada?

Preces ecoam nos ouvidos do vento
Os grandes vomitam promessas
Necessário a catástrofe para apercebi mento?

Há tanto tempo reina a inanição, povo malacafento
Injustiças  que se seguiram pelo poder ditador
E treme a terra ...No país do esquecimento!


HAITI





Haiti

Ai de ti nesse mundo onde a terra  não pariu
As muxibas secas... Leite supérfluo  alimento
Pobres detentos da miséria...Puta que pariu!
Fome [é palavra de luxo] certa é carvoento

Treme a terra árida,  mortos empilhados
Crianças mutiladas, costuradas nas calçadas
Raquíticos seres  de olhos desesperados
Há esperança para a pátria tão amada?

Preces ecoam nos ouvidos do vento
Os grandes vomitam promessas
Necessário a catástrofe para apercebi mento?

Há tanto tempo reina a inanição, povo malacafento
Injustiças  que se seguiram pelo poder ditador
E treme a terra ...No país do esquecimento!


terça-feira, 12 de janeiro de 2010

sábado, 2 de janeiro de 2010

Adeus poesia!

http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=113323









Adeus poesia!

http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=113323