sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Seria rosa se preciso fosse...

Seria rosa se preciso fosse...




Mas se sou assim efêmera prímula

Que tem odor e não floresce a flor

Intocada! Arrepia-me a medula...

Culpa sua que me nega o teu amor



Atreve-se a encarar-me longamente

Olhos nos olhos e a boca tão exposta

Dizendo palavras tolas e mansamente

Sai da minha vida... Estradas opostas!



Resta-me ouvir o murmúrio do vento

Apagar as luzes das minhas fantasias

Sonhar com carícias e atrevimentos



Manter-me-ei virginal e muito lamento

Não desabrochar e até usar de perfídia

Para ser sua por um dia, um só momento!


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