segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Assim, através de notícias...

Homenagem dos seus primos: Tânia Mara e Régis Camargo



Ariadene Penteado Camargo.



Jornalista com 40 anos de atuação no Grupo Estado, Ariadene Penteado Camargo morreu na sexta-feira, em São Paulo, aos 66 anos. Ari, como era conhecido por colegas do Jornal da Tarde e de O Estado de S. Paulo, sofreu um infarto em sua casa.



Ari, que nasceu em Marília (SP), foi redator da editoria internacional do Estadão e do Jornal da Tarde e editor da primeira página do Jornal da Tarde. Seus amigos de ofício costumavam descrevê-lo como um profissional dedicado, exigente e de humor peculiar.



Como redator sempre primou pelo bom uso da língua portuguesa, sendo responsável pelo “pente fino” de muitas edições do Jornal da Tarde. Além disso, na redação, ele era o jornalista mais consultado por repórteres sobre dúvidas gramaticais.



Mesmo sendo corintiano fanático, não poupava seu time do coração de observações ácidas e pessimistas. O jornalista deixa mulher e três filhos.

----------------------



http://blogs.estadao.com.br/jt-cidade ... ARIADENE+PENTEADO+CAMARGO

------------------------

Tania, bom dia.



Você soube da morte do seu primo Ariadine Penteado Camargo?



Saudações,



Cláudio Amaral

http://twitter.com/amaralclaudio








Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=166948#ixzz19K1tebx3

POEMA DE BOLSO

Notas amassadas, de real não tem nada.

Camarada, não te conto sobre a tais moedas

Cara e coroa em um grande amasso num

Maço de cigarros de segunda e a identidade

Lavada várias vezes em aguardente.

Um lenço jaz branco, virgem...







Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=166918#ixzz19K1HBe6L

ELE, ELA E A TRAMELA

Ele, ela e a tramela.



Andava a moçoila com desdém,

Esbarrei-me nela assim por acaso

Apressado mas a notei, até caso...

Qual nada, o descaso foi além.

Seguiu rua abaixo feito um vintém

Brilhava e aquelas pernas roliças...

A carne parecia macia e maciça

As ancas puro filé de primeira

Será que a danada é solteira?

Santo Deus! Perdoai minha cobiça!



Cruz credo! Ainda faz sinal de cruz

Desnudou-me com os olhos acesos

Bem notei que algo estava teso

Mantive o queixo ereto e o status

Equilibrei o nariz, ai Jesus!

Difícil manter a pose de donzela

Queria mesmo era uma apalpadela

Daquelas de desnortear as coxas

Que me deixam de unhas roxas

Pena que minha porta tem tramela!







Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=164328#ixzz19K0zAqSg

DÉMODÉ

DÉMODÉ

Venho desfiando raios de sol

Que se deitam comigo pela manhã.

Imprevisto pode ser o dia, porem creio

Nas nuvens lilases do entardecer.

Espero pela gota de orvalho que cai

Sobre a vidraça para o teu nome escrever.

Sei que sou démodé, mas o amor causa-me.

Estas loucuras.



Venho tentando roubar o perfume das

Rosas de jardins alheios e escrevo bilhetes

Apaixonados que faria o carteiro estremecer.

Finjo-me bailarina tentando

Acertar um demi-plié , em seguida

Dar um sissone para enfim num cruzado

Prender você.



Concentro minhas energias,

Calmamente beijo tua boca

E louca eternizo meu corpo

De mulher consciente dentro

Do teu ser.

Sei que sou démodé!





Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=164153#ixzz19K0emUxd

XANGÔ PRA JULIO SARAIVA

Xangô para Julio Saraiva



Na quarta-feira peguei a gamela de madeira

Acendi uma vela branca e outra vermelha,

E a cobra coral piou, piou!

Sete chances para amar, sete para morrer.

Veio o trovão... A pedra rolou!

Preparei o pirão, juntei as Catarinas e

A maçã.

Kâo Kabecile!



Lucidez eu pedi, pois de amor me perdi

Vou morrer em tal tormento,

Amo sete dias e em sete palavras me

Declaro: poeta!

Kâo Kabecile



Liberta-me da armadilha, aqueles olhos

Vivem a me hipnotizar.

Iansã contigo a reinar e amar...

Ah! Meu Orixá, tu entendes a dor

Do querer e a queimar neste peito

Está a razão de este padecer.

Morrer de amor naqueles braços,

Seria a glória do meu viver!

Kâo Kabecile







Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=163952#ixzz19K0CC3D9

PARA SOFIA

Para Sofia



Olha o mar tão calmo e veja a paisagem.

A pátria tão doce fixada em moldura.

Vento com perfume das amoras bravas.

Então poeta, sinta-se livre, cante

e vista-se somente de poesia.

A praia branca onde espumas se

Deleitam nas areias não há ondas

Que impeçam a tua voz.

No ritual diário da lua és uma deusa

Liberta dos teus ais.

Vem Sofia, ensina-me a amar!



Singela homenagem a Sophia de Melo Breyner Andresen





Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=163937#ixzz19JzjbAQi

MEMÓRIAS DE UMA DEUSA

MEMÓRIAS DE UMA DEUSA



Sentia-me afoita naquela manhã

Um calor percorria meus espartilhos

Uma comichão invadia os amarrilhos

Vestes difíceis de retirar e que afã...

Pensares obscenos valha-me Iansã!

Donzela, permaneço e estremeço...

Mas tudo há de ter um bom começo

Deixo as mesuras nas gavetas

Alço um voo a imitar borboleta.

Pouso silencioso no teu corpo possesso



De prazeres enfeito minha face

A beleza do rubor em meus lábios

Encanto de Oxum deusa dos rios

Provocando a lua e no entrelace

Meus olhos virginais em trespasse

Migram num horizonte infindável

Tua boca deslizando insaciável

Entre seios vertiam cachoeiras

Correndo pelo ventre, ligeiras

Virgindade palavra memorável!





Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=163611#ixzz19JzD7LJa

São as águas de março fechando o verão (Elis Regina)

São as águas de março fechando o verão (Elis Regina)



Diga-me quantos foram os mortos?

Aponta-me com sua destra mão

Quem foi o arauto que ouviu e viu

Os corpos abatidos, as partículas

Humanas espalhadas pelo chão.

Humanas?...Quem são os mortos e

Feridos, bandidos ou inocentes?



Diga-me quantos debandaram

Pelas matas como animais ferozes,

Dispostos a matar e morrer?





E o poeta abandona o lirismo,

Já não escuta o canto da cotovia,

A realidade abrupta de nossos tempos

Infesta seus cabelos, como piolhos

Distribuindo as lêndeas, mais e mais

Virão até a desinfecção total.



E as lendas continuarão a serem fabricadas,

Em cada tanque que avançar novos heróis

Anônimos deixarão o sangue na calçada

Da fama.

Segue o rio e quiçá as águas de março venham para

Retirar pau e pedra do fim do caminho.

-------------------------------------------------

Somente penso nos inocentes...



Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=162836#ixzz19JybhGAC