Lilás
Pois se dos lilases de um céu imenso
Olvidara-se por manter-se em cegueira
De um véu que trazia
de outros tempos
Semeadura de uma vida embusteira
Apegara-se aos cabedais ilusórios
Aparatos de fino trato e crenças
Beleza exterior com tais acessórios
A provocar a falsa alegria, a doença
Atravessou as linhas escuras do fútil
Percebera-se vazia, sem esperança
Havia dentro do peito o querer ser útil
Sentira a fagulha interior, divina presença
Soltou ao universo a verdade fértil
Encontrou enfim a paz, a bonança!
Tânia Mara Camargo