terça-feira, 11 de abril de 2017

Lilás





Lilás

Pois se dos lilases de um céu imenso
Olvidara-se por manter-se em cegueira
De um véu  que trazia de outros tempos
Semeadura de uma vida embusteira

Apegara-se aos cabedais ilusórios
Aparatos de fino trato e crenças
Beleza exterior com tais acessórios
A provocar a falsa alegria, a doença

Atravessou as linhas escuras do fútil
Percebera-se vazia, sem esperança
Havia dentro do peito o querer ser útil

Sentira a fagulha interior, divina presença
Soltou ao universo a verdade fértil
Encontrou enfim a paz, a bonança!

Tânia Mara Camargo




terça-feira, 4 de abril de 2017

Vida Nova

Vida Nova

Abandonou os velhos preceitos
Destarte havia um grande apego
Retirou a venda dos olhos insatisfeitos
Despediu-se daquele ilusório ego

Revirou as páginas de registros
Cujo marcador de tempo apontava
Todas as vidas passadas ao som de sistro
E no peito uma luz intensa aumentava

Descobriu-se um ser iluminado
Cuja missão é de velha alma
Ensinar tudo o que está predestinado
O plano é denso e que nada é agalma!

Não somos estáticos, temos vida
Temos o dom da alegria e do amor
Levar tudo à debalde gera dúvida
O óbvio está ao alcance, enterra o temor!