terça-feira, 11 de abril de 2017

Lilás





Lilás

Pois se dos lilases de um céu imenso
Olvidara-se por manter-se em cegueira
De um véu  que trazia de outros tempos
Semeadura de uma vida embusteira

Apegara-se aos cabedais ilusórios
Aparatos de fino trato e crenças
Beleza exterior com tais acessórios
A provocar a falsa alegria, a doença

Atravessou as linhas escuras do fútil
Percebera-se vazia, sem esperança
Havia dentro do peito o querer ser útil

Sentira a fagulha interior, divina presença
Soltou ao universo a verdade fértil
Encontrou enfim a paz, a bonança!

Tânia Mara Camargo




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