segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Vende-se um corpo!


Vende-se um corpo!

Quem disse que nas entrelinhas
Não dá para gozar?
Os dedos são hábeis,
Facilita o masturbar.
Pois é, gozo na cara dos
Puritanos de plantão.
Eles nem percebem!
Uso de metáforas,
Mato a todos de tesão
E num senão,
Coloco a farda vermelha
E saio a buscar
Inspiração!
Vende-se um corpo!

Estória de beija-flor





Estória de beija-flor
Nas campinas a balançar.
Olhar perdido, distante.
Diga-me oh flor qual
A razão desse pranto?
Quiseste florescer antes
do tempo,
ainda é inverno.
Não esperastes pela
Primavera.
Quais os sonhos que esperas
diluir com essas lágrimas
temporãs?
Que será dos seus dias,
dos seus afãs?
Ah flor! Limpa essa boca
Impregnada de carmim,
Não necessitas de artifícios.
Dá-me sua mão,
Apóia-se em mim.
Vou cuidar das suas feridas,
Fazer de ti o meu amor,
A razão de minha vida.
Entenda rosa, sou eu
O teu beija-flor!

Estória de beija-flor





Estória de beija-flor
Nas campinas a balançar.
Olhar perdido, distante.
Diga-me oh flor qual
A razão desse pranto?
Quiseste florescer antes
do tempo,
ainda é inverno.
Não esperastes pela
Primavera.
Quais os sonhos que esperas
diluir com essas lágrimas
temporãs?
Que será dos seus dias,
dos seus afãs?
Ah flor! Limpa essa boca
Impregnada de carmim,
Não necessitas de artifícios.
Dá-me sua mão,
Apóia-se em mim.
Vou cuidar das suas feridas,
Fazer de ti o meu amor,
A razão de minha vida.
Entenda rosa, sou eu
O teu beija-flor!

Rosa Vermelha




Rosa Vermelha


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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O fundo do poço





O fundo do poço

Hoje digo adeus aos velhos preceitos
Sou um miserável,
Presta nem o esqueleto.
Farrapo humano que a podridão
Consome.
Chagas mo fazem horroroso,
O pus escorre pelo âmago.
Os vermes deleitam-se com
O putrefato.
De fato estou morto sem
um ataúde.
E essa terra que me viu nascer,
Engole-me como um trago de
Uísque falsificado.
Imprestável como eu
Que passei pela vida como um
Acorde de guitarra na madrugada
Enevoada pela fumaça dos cigarros.
Companheiros meus, pobres
Bêbados sem casa,
Lembrai desse camarada,
Que na vida foi tudo e hoje
Chega ao umbral sem nada.

O fundo do poço





O fundo do poço

Hoje digo adeus aos velhos preceitos
Sou um miserável,
Presta nem o esqueleto.
Farrapo humano que a podridão
Consome.
Chagas mo fazem horroroso,
O pus escorre pelo âmago.
Os vermes deleitam-se com
O putrefato.
De fato estou morto sem
um ataúde.
E essa terra que me viu nascer,
Engole-me como um trago de
Uísque falsificado.
Imprestável como eu
Que passei pela vida como um
Acorde de guitarra na madrugada
Enevoada pela fumaça dos cigarros.
Companheiros meus, pobres
Bêbados sem casa,
Lembrai desse camarada,
Que na vida foi tudo e hoje
Chega ao umbral sem nada.

Venha a mim amado!

Venha a mim amado!
Di-me oh cavalheiro
 não vens?
As rosas solitárias a chorar
perguntam por ti
Já se faz noite alta de
estrelas a bailar
Se soubesse que virias...
Banharia-me em sândalo,
afrodisíaco aroma.
Coisa de dama para
seduzir, inebriar.
Perfume doce do pecado!
Se certeza tivesse que virias...
Apanharia os fios prateados
Da lua
Teceria um manto virginal
Para adejar meu corpo
De lua me vestiria!
Minhas mãos buscariam
 Os teus caminhos na
Escuridão fortuita dos
teus cabelos.
Em sutilezas e fino trato,
Faria-te prisioneiro de
meus braços.
Pouco a pouco o venceria
e sem embaraços
a ti me entregaria!
E tu não vens?

Venha a mim amado!

Venha a mim amado!
Di-me oh cavalheiro
 não vens?
As rosas solitárias a chorar
perguntam por ti
Já se faz noite alta de
estrelas a bailar
Se soubesse que virias...
Banharia-me em sândalo,
afrodisíaco aroma.
Coisa de dama para
seduzir, inebriar.
Perfume doce do pecado!
Se certeza tivesse que virias...
Apanharia os fios prateados
Da lua
Teceria um manto virginal
Para adejar meu corpo
De lua me vestiria!
Minhas mãos buscariam
 Os teus caminhos na
Escuridão fortuita dos
teus cabelos.
Em sutilezas e fino trato,
Faria-te prisioneiro de
meus braços.
Pouco a pouco o venceria
e sem embaraços
a ti me entregaria!
E tu não vens?

A cantada!




A cantada!

Pendiam ramos em miúdas flores
Previa-se outra primavera mágica
Nos meus cabelos os vapores
Da madrugada, visão estática

E chegavas de manso, lua a vigiar
Com o violão nos ombros fortes
Dizia baixinho: “_ Vim te cantar!”
Em rubor, pensava em meus dotes

Embaixo do vestido, branco saiote
Tremia compulsivamente por medo
Meus olhos pareciam dois holofotes
Haveria que expor os meus segredos

Beijou minha mão com delicadeza
Afagou minha face, supus-me princesa
Propôs-me um enlace em nudeza
Entusiasmada foi-se minha pureza!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Um mimo que recebi da poetisa Helen de Rose

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Uma Mulher Vestida de Luz Vital

Ela surge nua nos Jardins de Babilônia
Montada sobre um enorme leão
Domado por sua inocência imaculada
Regida pela luz do Sol que faz brilhar
Os fios dos seus longos cabelos
Enfeitados por pequenos girassóis
Combinando com seus olhos de gato
Quando brilham nos caminhos das sombras
Aliviando a destruição do drama do mundo.
Traz entre os seios uma serpente de opala
Com o poder mágico da opalescência
Tornando-a invisível aos olhos maléficos
Da malícia humana da Besta disfarçada
Pelo tesão nas costas do plexo solar.
Na mão direita segura o Santo Graal
Mistificando com sua luz o poder
De destruir e voltar a criar o mundo.
Na sua mão esquerda segura com a Força
Do seu Arcano XI a Espada Flamígera
Lembrando da sua filiação cabalística.
O fogo da kundalini que sai do seu ventre
É transformado no Portal da Luz da vida.
Sobre seus pés saem dez raios luminosos
Energizando as dez estrelas de Assiah
Anunciando a nova ordem da Nova Era.
O poder criativo do Universo em sua essência
Flui sob a luz do amor e da humildade
Diante daqueles que possuem “olhos de ver”
Sua beleza radiante neste seu brilho fenomenal.






*Para você minha querida Tânia, do meu coração para o seu coração, uma singela lembrança da minha admiração por sua essência iluminada. Sinta-se abraçada.

Lindo Helen, obrigada!

Além do paraíso





Além do paraíso

Conheço os teus caminhos, tua vida
Sei das azáfamas, anseios de tua carne
Aspirações da tua respiração desmedida
Nas batalhas do diário precisas da farde

Arde em minha pele teu suor, o afã
Por querer-me exclusivamente tua
Num mundo conturbado, tento ser sã
Dividida entre fantasia e realidade crua.

Pelas ruas que delimitam meus rastros
Gasto meus sapatos, envelheço e renasço
Em teus olhos claros, brilho dos astros
Encontro repouso para este meu cansaço.

E se chove lá fora e lágrimas afloram
Vezes em que a saudade corta minha alma
Faço poesias do cotidiano que não rimam
Com essa poluição que nos deixa sem calma.

Conheço e desconheço tuas marcas íntimas
O tempo faz o amor ser a dor e as cicatrizes
Desenham-se em cada ausência, lástimas
Que fazem meus cabelos matizados, grises.

Dividimos o mesmo teto, a mesma cama
As futilidades e impossibilidades do viver
As carências que nosso coração reclama
Mas ainda assim somos dois a se querer!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Tentando ser amante





Tentando ser amante





Aquela docilidade que possuo...

Dama para quem se faz mesuras

Infinita ternura, amor que construo

Nem mesmo a lua fria me censura



Tu me recriminas, detestas o meu jeito

Penso no desenho de tua boca...

Desejos me invadem, explode o peito

Meus seios fazem greve, estou louca!



Louca por ter-te assim ao alcance

Sem que minhas mãos possam tocar-te

Sentindo teu cheiro e sem uma chance

Querer-te vai além, sofro por amar-te



Aquela docilidade que possuo...





Já está em férias permanente,

Ouso:

Expressar-me como animal no cio

Esfregar-me no teu corpo e lábios

Sussurrar no teu ouvido,

Mordiscar tua nuca.

E me perguntas onde foi que aprendi

a ser fêmea?

-No Aurélio!



Tentando ser amante





Tentando ser amante





Aquela docilidade que possuo...

Dama para quem se faz mesuras

Infinita ternura, amor que construo

Nem mesmo a lua fria me censura



Tu me recriminas, detestas o meu jeito

Penso no desenho de tua boca...

Desejos me invadem, explode o peito

Meus seios fazem greve, estou louca!



Louca por ter-te assim ao alcance

Sem que minhas mãos possam tocar-te

Sentindo teu cheiro e sem uma chance

Querer-te vai além, sofro por amar-te



Aquela docilidade que possuo...





Já está em férias permanente,

Ouso:

Expressar-me como animal no cio

Esfregar-me no teu corpo e lábios

Sussurrar no teu ouvido,

Mordiscar tua nuca.

E me perguntas onde foi que aprendi

a ser fêmea?

-No Aurélio!



Sempre tu!

SEMPRE TU!

Habitarei no infinito leito

Corpo celeste, contigo estarei,

Adormecido pensar em teu peito

Bendita paz que tanto almejei!



Alados sonhos a vigiar estrelas

Não sou mulher, sou sentimento

Buscarei entre o céu e a terra, poemas

Talvez o zênite entenda meu momento.



Do azul extrairei outra emoção

E lá no fundo do meu âmago

Permanecerá a primavera em gestação.





Nascerão outros versos, outros dias

Tu estarás sempre no meu coração,

Serás a eterna razão das minhas fantasias!



Sempre tu!

SEMPRE TU!

Habitarei no infinito leito

Corpo celeste, contigo estarei,

Adormecido pensar em teu peito

Bendita paz que tanto almejei!



Alados sonhos a vigiar estrelas

Não sou mulher, sou sentimento

Buscarei entre o céu e a terra, poemas

Talvez o zênite entenda meu momento.



Do azul extrairei outra emoção

E lá no fundo do meu âmago

Permanecerá a primavera em gestação.





Nascerão outros versos, outros dias

Tu estarás sempre no meu coração,

Serás a eterna razão das minhas fantasias!



Vá embora





VÁ EMBORA



Dama fria tu pareces ser meu carrasco

Surges de repente, sem pedir-me licença.

Retira de minha boca o sorriso, um fiasco.

Meu coração não deseja tão negra presença.





Quero viver todas as lendas da paixão...

Plantarei rosas em meu jardim

Vermelho tentação, íntima sedução.

E se não bastar banhar-me-ei em essência jasmim.





Estás constrangida? Eis o teu fim!

Anjos, pássaros, borboletas, vinde a mim.

Afasta esta megera que me deixou assim





Tudo tem um recomeço, senhora.

Curva-te á alegria e vá embora

Tristeza agora terei um amor sem fim!

Vá embora





VÁ EMBORA



Dama fria tu pareces ser meu carrasco

Surges de repente, sem pedir-me licença.

Retira de minha boca o sorriso, um fiasco.

Meu coração não deseja tão negra presença.





Quero viver todas as lendas da paixão...

Plantarei rosas em meu jardim

Vermelho tentação, íntima sedução.

E se não bastar banhar-me-ei em essência jasmim.





Estás constrangida? Eis o teu fim!

Anjos, pássaros, borboletas, vinde a mim.

Afasta esta megera que me deixou assim





Tudo tem um recomeço, senhora.

Curva-te á alegria e vá embora

Tristeza agora terei um amor sem fim!

Só queria ser rosa

Só queria ser rosa!

Ao vento entrego-te

Sentimento.

E vais despido,

Nu como o

Nascimento,

Puro, inocente.

Flor campestre

Tão comum,

Aroma suave.

Entalhes, pétalas

Rubras, o coração

Há o lux

Num cálix

Pendido

Que a debalde luta

Para vicejar.

Ser rosa talvez

E a ti encantar!



Só queria ser rosa

Só queria ser rosa!

Ao vento entrego-te

Sentimento.

E vais despido,

Nu como o

Nascimento,

Puro, inocente.

Flor campestre

Tão comum,

Aroma suave.

Entalhes, pétalas

Rubras, o coração

Há o lux

Num cálix

Pendido

Que a debalde luta

Para vicejar.

Ser rosa talvez

E a ti encantar!



Relato de um idoso


RELATO DE UM IDOSO
No rosto marcado, rugas de sabedoria
Não mudam as digitais, marcas e sinais
Labuta e lamento terminam sem alegria
O que me restou? Pobre aposentadoria.

Aqueles que agüentam fazem um extra
Vendem quinquilharias nas esquinas
Recolhem descartáveis, as latinhas...
Faz-se de tudo, de tudo se engendra.

Outros já não têm a mesma sorte
Impossibilitados de qualquer ato
Esperam somente a santa morte
Salvação, melhor será do outro lado?


Eu? Vou vivendo sem retroceder no tempo
Choro sozinho, quando acendo o fogão
Falta tudo, arroz, feijão, alimento
E o remédio, não consigo pagar não!

Se pago o aluguel não dá para comer
Se comer não vou ter como morar
O governo promete o medicamento
Vou buscar, aí é a dor, o sofrimento

Dói ouvir negativas, pedir ajuda, é tosco
Já fui e fiz tanto nessa vida...
Agora pergunta se de deixei de pagar imposto
Desgosto, as rugas? São de Deus dádivas de uma vida!
************************
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/2003/L10.741.htm
Dueto com a poetisa Vony Ferreira




Recados e Imagens - Idosos - Orkut




No rosto marcado, rugas de sabedoria
Não mudam as digitais, marcas e sinais
Labuta e lamento, termino sem alegria
O que me restou? Pobre aposentadoria.
(Tânia Camargo)

Não mudam o que foste nem o que deste
Em generosa dádiva ao teu País
Agora que tanto precisas, esquecem-te
Como se não tivesses memória e raiz!
(Vóny Ferreira)

Aqueles que aguentam fazem um extra
Vendem quinquilharias nas esquinas
Recolhem descartáveis, as latinhas...
Faz-se de tudo, de tudo se engendra.
(Tânia Camargo)

Ah, espírito infame, abominável cobardia
Daqueles que te tratam agora como lixo
Esquecem-se que foste jovem um dia
Zombando da idade e do teu esforço
(Vóny Ferreira)

Outro já não tem a mesma sorte
Impossibilitados de qualquer ato
Esperam somente a santa morte
Salvação, melhor será do outro lado?
(Tânia Camargo)

Um outro senta-se no banco do jardim
Arranhando a solidão com o olhar
Vendo apático a indiferença passar
Olha-me triste e fica dentro de mim!
(Vóny Ferreira)

Eu? Vou vivendo sem retroceder no tempo
Choro sozinho, quando acendo o fogão
Falta tudo, arroz, feijão, alimento
E o remédio, não consigo pagar não!
(Tânia Camargo)

Miséria, desprezo, agonia, desatenção
É o preço que têm por serem idosos
Nem as lágrimas que choram lhes aquece a mão
Que o frio enregela como punhais transparentes!
(Vóny Ferreira)

Se pago o aluguel não dá para comer
Se comer não vou ter como morar
O governo promete o medicamento
Vou buscar, aí é a dor, o sofrimento
(Tânia Camargo)

Ah, País, não sentes essa vil vergonha?
Não sejas como a avestruz,
que mete a cabeça na areia.
Trata os teus velhos com dignidade
Trata os teus velhos como merecem!
(Vóny Ferreira)

Dói ouvir negativas, pedir ajuda, é tosco
Já fui e fiz tanto nessa vida...
Agora pergunta deixei de pagar imposto
Desgosto, as rugas? São de Deus,
dádivas de uma vida !
(Tânia Camargo)
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É EXPRESSAMENTE PROIBIDA A REPRODUÇÃO DE QUALQUER DESTES TEXTOS SEM AUTORIZAÇÃO DA AUTORA.
(Vóny Ferreira)

Relato de um idoso


RELATO DE UM IDOSO
No rosto marcado, rugas de sabedoria
Não mudam as digitais, marcas e sinais
Labuta e lamento terminam sem alegria
O que me restou? Pobre aposentadoria.

Aqueles que agüentam fazem um extra
Vendem quinquilharias nas esquinas
Recolhem descartáveis, as latinhas...
Faz-se de tudo, de tudo se engendra.

Outros já não têm a mesma sorte
Impossibilitados de qualquer ato
Esperam somente a santa morte
Salvação, melhor será do outro lado?


Eu? Vou vivendo sem retroceder no tempo
Choro sozinho, quando acendo o fogão
Falta tudo, arroz, feijão, alimento
E o remédio, não consigo pagar não!

Se pago o aluguel não dá para comer
Se comer não vou ter como morar
O governo promete o medicamento
Vou buscar, aí é a dor, o sofrimento

Dói ouvir negativas, pedir ajuda, é tosco
Já fui e fiz tanto nessa vida...
Agora pergunta se de deixei de pagar imposto
Desgosto, as rugas? São de Deus dádivas de uma vida!
************************
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/2003/L10.741.htm
Dueto com a poetisa Vony Ferreira




Recados e Imagens - Idosos - Orkut




No rosto marcado, rugas de sabedoria
Não mudam as digitais, marcas e sinais
Labuta e lamento, termino sem alegria
O que me restou? Pobre aposentadoria.
(Tânia Camargo)

Não mudam o que foste nem o que deste
Em generosa dádiva ao teu País
Agora que tanto precisas, esquecem-te
Como se não tivesses memória e raiz!
(Vóny Ferreira)

Aqueles que aguentam fazem um extra
Vendem quinquilharias nas esquinas
Recolhem descartáveis, as latinhas...
Faz-se de tudo, de tudo se engendra.
(Tânia Camargo)

Ah, espírito infame, abominável cobardia
Daqueles que te tratam agora como lixo
Esquecem-se que foste jovem um dia
Zombando da idade e do teu esforço
(Vóny Ferreira)

Outro já não tem a mesma sorte
Impossibilitados de qualquer ato
Esperam somente a santa morte
Salvação, melhor será do outro lado?
(Tânia Camargo)

Um outro senta-se no banco do jardim
Arranhando a solidão com o olhar
Vendo apático a indiferença passar
Olha-me triste e fica dentro de mim!
(Vóny Ferreira)

Eu? Vou vivendo sem retroceder no tempo
Choro sozinho, quando acendo o fogão
Falta tudo, arroz, feijão, alimento
E o remédio, não consigo pagar não!
(Tânia Camargo)

Miséria, desprezo, agonia, desatenção
É o preço que têm por serem idosos
Nem as lágrimas que choram lhes aquece a mão
Que o frio enregela como punhais transparentes!
(Vóny Ferreira)

Se pago o aluguel não dá para comer
Se comer não vou ter como morar
O governo promete o medicamento
Vou buscar, aí é a dor, o sofrimento
(Tânia Camargo)

Ah, País, não sentes essa vil vergonha?
Não sejas como a avestruz,
que mete a cabeça na areia.
Trata os teus velhos com dignidade
Trata os teus velhos como merecem!
(Vóny Ferreira)

Dói ouvir negativas, pedir ajuda, é tosco
Já fui e fiz tanto nessa vida...
Agora pergunta deixei de pagar imposto
Desgosto, as rugas? São de Deus,
dádivas de uma vida !
(Tânia Camargo)
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(Vóny Ferreira)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Minha entrevista : TVEDUCATIVA- ANO 2003


Talvez a miopia seja culpada

Talvez a miopia seja culpada

Meus óculos não suportam tanta dor

Afoga-se nas lágrimas derramadas

Cega-me esse destino de ser flor

Exposta ao orvalho, noiva abandonada.



A umidade veste-me todos os dias

Alvura que esconde o rubro desejo

Rosa molhada, vida vazia!

Tudo daria por um simples beijo.



De que me vale ser a rainha

Botão em flor a enfeitar o jardim

Solitária a compor ladainhas?

Poeta reza, acredita em querubim.





Nem esse perfume doce sem fim

A inebriar os amantes à noitinha

Trouxe um grande amor para mim!

Talvez a miopia seja culpada

Talvez a miopia seja culpada

Meus óculos não suportam tanta dor

Afoga-se nas lágrimas derramadas

Cega-me esse destino de ser flor

Exposta ao orvalho, noiva abandonada.



A umidade veste-me todos os dias

Alvura que esconde o rubro desejo

Rosa molhada, vida vazia!

Tudo daria por um simples beijo.



De que me vale ser a rainha

Botão em flor a enfeitar o jardim

Solitária a compor ladainhas?

Poeta reza, acredita em querubim.





Nem esse perfume doce sem fim

A inebriar os amantes à noitinha

Trouxe um grande amor para mim!

Equilibrista



Equilibrista

Floresta imponente, concreto puro
Chaminés com fumaça nas narinas
Faz-se frio, sente-se a neblina noturna
Aromas indecifráveis, talvez boninas

Num átimo de debilidade humana
Vez em quando, vejo-me equilibrista
Em meio à multidão na cidade insana
É preciso ser artista para algumas conquistas

Ser um espécime feminino, tão delicado
Frágil aos olhos másculos, que pecado!
Um bibelô, louça inglesa, fina porcelana
Só que sou cimento, areia, argila, alambrado

Faço minha guerra em crises de consciência
Luto pelo diário desejo de ser eu o progresso
Arregaço as mangas num trabalho decente
E vivo carente, pois tu só vives em recesso!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Rondó do sol e da lua



Rondó do sol e da lua

Espera-me! Bradou o sol em agonia
Ao cair da tarde, noiva lua surgia
Os anjos com suas harpas docemente
Entoavam canções alegres, ardentes
O céu mudou de tom com a sinfonia

Emocionando o rei, o amor prevalecia
A dama cheia de encantos desposaria
Assim vão-se os dias, tudo é encantamento
O amor sobrevive à palavra, a poesia!

Um sentimento sincero é minha guia
A luz de seus olhos minh’alma alumia
Nossa casa singela é o firmamento
O teto, estrelas que pactuam o juramento
Cumplicidade com nosso querer, magia
O amor sobrevive à palavra, a poesia!


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Sonhei-te!





SONHEI-TE!

Ontem quando o sol se ia

Expectativas aguçavam-se

Entre meus dedos luz luzidia

Meus seios aguardavam-te



E vinhas com a leveza do ser

Kundera o aplaudiria

Tanto em teus olhos por dizer

Falavas de nós
em fantasias



Plumas
em teu caminhar

Asas de anjos e flores exóticas

Eu mulher de carne a te esperar



E ias... Nos meus sonhos abraçar

A utopia que eu fiz criar

Num sonho poético a divagar!



Sonhei-te!





SONHEI-TE!

Ontem quando o sol se ia

Expectativas aguçavam-se

Entre meus dedos luz luzidia

Meus seios aguardavam-te



E vinhas com a leveza do ser

Kundera o aplaudiria

Tanto em teus olhos por dizer

Falavas de nós
em fantasias



Plumas
em teu caminhar

Asas de anjos e flores exóticas

Eu mulher de carne a te esperar



E ias... Nos meus sonhos abraçar

A utopia que eu fiz criar

Num sonho poético a divagar!