Quem disse que nas entrelinhas Não dá para gozar? Os dedos são hábeis, Facilita o masturbar. Pois é, gozo na cara dos Puritanos de plantão. Eles nem percebem! Uso de metáforas, Mato a todos de tesão E num senão, Coloco a farda vermelha E saio a buscar Inspiração! Vende-se um corpo!
Hoje digo adeus aos velhos preceitos Sou um miserável, Presta nem o esqueleto. Farrapo humano que a podridão Consome. Chagas mo fazem horroroso, O pus escorre pelo âmago. Os vermes deleitam-se com O putrefato. De fato estou morto sem um ataúde. E essa terra que me viu nascer, Engole-me como um trago de Uísque falsificado. Imprestável como eu Que passei pela vida como um Acorde de guitarra na madrugada Enevoada pela fumaça dos cigarros. Companheiros meus, pobres Bêbados sem casa, Lembrai desse camarada, Que na vida foi tudo e hoje Chega ao umbral sem nada.
Hoje digo adeus aos velhos preceitos Sou um miserável, Presta nem o esqueleto. Farrapo humano que a podridão Consome. Chagas mo fazem horroroso, O pus escorre pelo âmago. Os vermes deleitam-se com O putrefato. De fato estou morto sem um ataúde. E essa terra que me viu nascer, Engole-me como um trago de Uísque falsificado. Imprestável como eu Que passei pela vida como um Acorde de guitarra na madrugada Enevoada pela fumaça dos cigarros. Companheiros meus, pobres Bêbados sem casa, Lembrai desse camarada, Que na vida foi tudo e hoje Chega ao umbral sem nada.
Ela surge nua nos Jardins de Babilônia Montada sobre um enorme leão Domado por sua inocência imaculada Regida pela luz do Sol que faz brilhar Os fios dos seus longos cabelos Enfeitados por pequenos girassóis Combinando com seus olhos de gato Quando brilham nos caminhos das sombras Aliviando a destruição do drama do mundo. Traz entre os seios uma serpente de opala Com o poder mágico da opalescência Tornando-a invisível aos olhos maléficos Da malícia humana da Besta disfarçada Pelo tesão nas costas do plexo solar. Na mão direita segura o Santo Graal Mistificando com sua luz o poder De destruir e voltar a criar o mundo. Na sua mão esquerda segura com a Força Do seu Arcano XI a Espada Flamígera Lembrando da sua filiação cabalística. O fogo da kundalini que sai do seu ventre É transformado no Portal da Luz da vida. Sobre seus pés saem dez raios luminosos Energizando as dez estrelas de Assiah Anunciando a nova ordem da Nova Era. O poder criativo do Universo em sua essência Flui sob a luz do amor e da humildade Diante daqueles que possuem “olhos de ver” Sua beleza radiante neste seu brilho fenomenal.
*Para você minha querida Tânia, do meu coração para o seu coração, uma singela lembrança da minha admiração por sua essência iluminada. Sinta-se abraçada.
Conheço os teus caminhos, tua vida Sei das azáfamas, anseios de tua carne Aspirações da tua respiração desmedida Nas batalhas do diário precisas da farde
Arde em minha pele teu suor, o afã Por querer-me exclusivamente tua Num mundo conturbado, tento ser sã Dividida entre fantasia e realidade crua.
Pelas ruas que delimitam meus rastros Gasto meus sapatos, envelheço e renasço Em teus olhos claros, brilho dos astros Encontro repouso para este meu cansaço.
E se chove lá fora e lágrimas afloram Vezes em que a saudade corta minha alma Faço poesias do cotidiano que não rimam Com essa poluição que nos deixa sem calma.
Conheço e desconheço tuas marcas íntimas O tempo faz o amor ser a dor e as cicatrizes Desenham-se em cada ausência, lástimas Que fazem meus cabelos matizados, grises.
Dividimos o mesmo teto, a mesma cama As futilidades e impossibilidades do viver As carências que nosso coração reclama Mas ainda assim somos dois a se querer!
No rosto marcado, rugas de sabedoria Não mudam as digitais, marcas e sinais Labuta e lamento, termino sem alegria O que me restou? Pobre aposentadoria. (Tânia Camargo)
Não mudam o que foste nem o que deste Em generosa dádiva ao teu País Agora que tanto precisas, esquecem-te Como se não tivesses memória e raiz! (Vóny Ferreira)
Aqueles que aguentam fazem um extra Vendem quinquilharias nas esquinas Recolhem descartáveis, as latinhas... Faz-se de tudo, de tudo se engendra. (Tânia Camargo)
Ah, espírito infame, abominável cobardia Daqueles que te tratam agora como lixo Esquecem-se que foste jovem um dia Zombando da idade e do teu esforço (Vóny Ferreira)
Outro já não tem a mesma sorte Impossibilitados de qualquer ato Esperam somente a santa morte Salvação, melhor será do outro lado? (Tânia Camargo)
Um outro senta-se no banco do jardim Arranhando a solidão com o olhar Vendo apático a indiferença passar Olha-me triste e fica dentro de mim! (Vóny Ferreira)
Eu? Vou vivendo sem retroceder no tempo Choro sozinho, quando acendo o fogão Falta tudo, arroz, feijão, alimento E o remédio, não consigo pagar não! (Tânia Camargo)
Miséria, desprezo, agonia, desatenção É o preço que têm por serem idosos Nem as lágrimas que choram lhes aquece a mão Que o frio enregela como punhais transparentes! (Vóny Ferreira)
Se pago o aluguel não dá para comer Se comer não vou ter como morar O governo promete o medicamento Vou buscar, aí é a dor, o sofrimento (Tânia Camargo)
Ah, País, não sentes essa vil vergonha? Não sejas como a avestruz, que mete a cabeça na areia. Trata os teus velhos com dignidade Trata os teus velhos como merecem! (Vóny Ferreira)
Dói ouvir negativas, pedir ajuda, é tosco Já fui e fiz tanto nessa vida... Agora pergunta deixei de pagar imposto Desgosto, as rugas? São de Deus, dádivas de uma vida ! (Tânia Camargo)
No rosto marcado, rugas de sabedoria Não mudam as digitais, marcas e sinais Labuta e lamento, termino sem alegria O que me restou? Pobre aposentadoria. (Tânia Camargo)
Não mudam o que foste nem o que deste Em generosa dádiva ao teu País Agora que tanto precisas, esquecem-te Como se não tivesses memória e raiz! (Vóny Ferreira)
Aqueles que aguentam fazem um extra Vendem quinquilharias nas esquinas Recolhem descartáveis, as latinhas... Faz-se de tudo, de tudo se engendra. (Tânia Camargo)
Ah, espírito infame, abominável cobardia Daqueles que te tratam agora como lixo Esquecem-se que foste jovem um dia Zombando da idade e do teu esforço (Vóny Ferreira)
Outro já não tem a mesma sorte Impossibilitados de qualquer ato Esperam somente a santa morte Salvação, melhor será do outro lado? (Tânia Camargo)
Um outro senta-se no banco do jardim Arranhando a solidão com o olhar Vendo apático a indiferença passar Olha-me triste e fica dentro de mim! (Vóny Ferreira)
Eu? Vou vivendo sem retroceder no tempo Choro sozinho, quando acendo o fogão Falta tudo, arroz, feijão, alimento E o remédio, não consigo pagar não! (Tânia Camargo)
Miséria, desprezo, agonia, desatenção É o preço que têm por serem idosos Nem as lágrimas que choram lhes aquece a mão Que o frio enregela como punhais transparentes! (Vóny Ferreira)
Se pago o aluguel não dá para comer Se comer não vou ter como morar O governo promete o medicamento Vou buscar, aí é a dor, o sofrimento (Tânia Camargo)
Ah, País, não sentes essa vil vergonha? Não sejas como a avestruz, que mete a cabeça na areia. Trata os teus velhos com dignidade Trata os teus velhos como merecem! (Vóny Ferreira)
Dói ouvir negativas, pedir ajuda, é tosco Já fui e fiz tanto nessa vida... Agora pergunta deixei de pagar imposto Desgosto, as rugas? São de Deus, dádivas de uma vida ! (Tânia Camargo)
Floresta imponente, concreto puro Chaminés com fumaça nas narinas Faz-se frio, sente-se a neblina noturna Aromas indecifráveis, talvez boninas
Num átimo de debilidade humana Vez em quando, vejo-me equilibrista Em meio à multidão na cidade insana É preciso ser artista para algumas conquistas
Ser um espécime feminino, tão delicado Frágil aos olhos másculos, que pecado! Um bibelô, louça inglesa, fina porcelana Só que sou cimento, areia, argila, alambrado
Faço minha guerra em crises de consciência Luto pelo diário desejo de ser eu o progresso Arregaço as mangas num trabalho decente E vivo carente, pois tu só vives em recesso!
Espera-me! Bradou o sol em agonia Ao cair da tarde, noiva lua surgia Os anjos com suas harpas docemente Entoavam canções alegres, ardentes O céu mudou de tom com a sinfonia
Emocionando o rei, o amor prevalecia A dama cheia de encantos desposaria Assim vão-se os dias, tudo é encantamento O amor sobrevive à palavra, a poesia!
Um sentimento sincero é minha guia A luz de seus olhos minh’alma alumia Nossa casa singela é o firmamento O teto, estrelas que pactuam o juramento Cumplicidade com nosso querer, magia O amor sobrevive à palavra, a poesia!