domingo, 16 de agosto de 2009

O amor tem suas razões!





O amor tem suas razões!

Ontem um tristonho pensamento se apresentou
Trouxe um sorriso amargo e disse estar farto
As exéquias foram tantas que ele desencantou
Arrancou a negra máscara e disse: hoje parto!

Se foi sem saber qual rumo tomar, sem destino
Desapareceu no infinito, alçou asas, voou...
Em meio aos torvelinhos, um espécime masculino
Vinha em nobreza, um príncipe e me hipnotizou.

Com sua capa matizada de lápis-lazúli, ultramarino
Fez-me a corte e em mesuras ofereceu-me carinho
Tão afável cavalheiro, viril, com olhos de menino

Inebriada ante a visão, lágrimas caiam de mansinho
A felicidade chegou, como Piaf cantando um hino
Razão pela qual estou me despindo bem devagarzinho!

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