quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Relato de um idoso


RELATO DE UM IDOSO
No rosto marcado, rugas de sabedoria
Não mudam as digitais, marcas e sinais
Labuta e lamento terminam sem alegria
O que me restou? Pobre aposentadoria.

Aqueles que agüentam fazem um extra
Vendem quinquilharias nas esquinas
Recolhem descartáveis, as latinhas...
Faz-se de tudo, de tudo se engendra.

Outros já não têm a mesma sorte
Impossibilitados de qualquer ato
Esperam somente a santa morte
Salvação, melhor será do outro lado?


Eu? Vou vivendo sem retroceder no tempo
Choro sozinho, quando acendo o fogão
Falta tudo, arroz, feijão, alimento
E o remédio, não consigo pagar não!

Se pago o aluguel não dá para comer
Se comer não vou ter como morar
O governo promete o medicamento
Vou buscar, aí é a dor, o sofrimento

Dói ouvir negativas, pedir ajuda, é tosco
Já fui e fiz tanto nessa vida...
Agora pergunta se de deixei de pagar imposto
Desgosto, as rugas? São de Deus dádivas de uma vida!
************************
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/2003/L10.741.htm
Dueto com a poetisa Vony Ferreira




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No rosto marcado, rugas de sabedoria
Não mudam as digitais, marcas e sinais
Labuta e lamento, termino sem alegria
O que me restou? Pobre aposentadoria.
(Tânia Camargo)

Não mudam o que foste nem o que deste
Em generosa dádiva ao teu País
Agora que tanto precisas, esquecem-te
Como se não tivesses memória e raiz!
(Vóny Ferreira)

Aqueles que aguentam fazem um extra
Vendem quinquilharias nas esquinas
Recolhem descartáveis, as latinhas...
Faz-se de tudo, de tudo se engendra.
(Tânia Camargo)

Ah, espírito infame, abominável cobardia
Daqueles que te tratam agora como lixo
Esquecem-se que foste jovem um dia
Zombando da idade e do teu esforço
(Vóny Ferreira)

Outro já não tem a mesma sorte
Impossibilitados de qualquer ato
Esperam somente a santa morte
Salvação, melhor será do outro lado?
(Tânia Camargo)

Um outro senta-se no banco do jardim
Arranhando a solidão com o olhar
Vendo apático a indiferença passar
Olha-me triste e fica dentro de mim!
(Vóny Ferreira)

Eu? Vou vivendo sem retroceder no tempo
Choro sozinho, quando acendo o fogão
Falta tudo, arroz, feijão, alimento
E o remédio, não consigo pagar não!
(Tânia Camargo)

Miséria, desprezo, agonia, desatenção
É o preço que têm por serem idosos
Nem as lágrimas que choram lhes aquece a mão
Que o frio enregela como punhais transparentes!
(Vóny Ferreira)

Se pago o aluguel não dá para comer
Se comer não vou ter como morar
O governo promete o medicamento
Vou buscar, aí é a dor, o sofrimento
(Tânia Camargo)

Ah, País, não sentes essa vil vergonha?
Não sejas como a avestruz,
que mete a cabeça na areia.
Trata os teus velhos com dignidade
Trata os teus velhos como merecem!
(Vóny Ferreira)

Dói ouvir negativas, pedir ajuda, é tosco
Já fui e fiz tanto nessa vida...
Agora pergunta deixei de pagar imposto
Desgosto, as rugas? São de Deus,
dádivas de uma vida !
(Tânia Camargo)
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(Vóny Ferreira)

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