terça-feira, 25 de agosto de 2009

Talvez a miopia seja culpada

Talvez a miopia seja culpada

Meus óculos não suportam tanta dor

Afoga-se nas lágrimas derramadas

Cega-me esse destino de ser flor

Exposta ao orvalho, noiva abandonada.



A umidade veste-me todos os dias

Alvura que esconde o rubro desejo

Rosa molhada, vida vazia!

Tudo daria por um simples beijo.



De que me vale ser a rainha

Botão em flor a enfeitar o jardim

Solitária a compor ladainhas?

Poeta reza, acredita em querubim.





Nem esse perfume doce sem fim

A inebriar os amantes à noitinha

Trouxe um grande amor para mim!

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