
Atrás das lentes míopes
Sou insurgente, tenho consciência.
Mas sou aquela que do amor não abdica
Quando amo dá-me impaciência
E se me queres, vem agora, fica!
Tenho fama de irreverente
Lógico eu diria e mentiria
Há timidez por trás das lentes
Óculos é conseqüência da miopia.
Assustei-te? Achavas-me mais atirada?
Poderia ser...Eis uma charada
Se me olhares mais uma vez...
Vês meus ares de malvada?
Vesti-me de loba, fera indomada.
Alucinação? Não! Exageraste no xerez!
Tânia Mara
Rebelde também sou por essência,
Pensar no amor, faz-me recear a saudade.
Os arrepios que sinto por tua irreverência,
São pergaminhos de dores por entre a ansiedade...
Não tenho fama em nada que em mim carrego.
Essa que te foi dada acabaste por a merecer.
Pois sempre foi assim, o maior cego,
É aquele que não ousa sequer ver...
Não me assusto com pouco!
Consciente da tua loucura
Fiz-me também de louco...
Viste os meus ares de ternura?
Foram enganadores?
Sinal de adeus à tua bravura...
E no fim, por mim não te preocupes,
Não sou eu que irei correr,
Pois continuam tuas, as lentes míopes...
LOL - Paulo Alves
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