sábado, 1 de agosto de 2009

Cio da flor



Momento inexato, penso em liames
Qualquer toque, um beijo, um afago
Sopram os ventos, postula-se ditames
Algo de íntimo, súplicas do âmago


Queria-te sem essa sáfara constante
Distante de desejos animais, frio
Arrepios percorrem-me volitantes
Concomitantes espasmos de rocio

Desgasto-me nas palavras e rimas
Ponho-me nua em poesia, insana
Abraço as paredes, provoco um clima
E tu não vens...Metamorfose que engana


Sou rosa rubra e tu estás acima
No alto dos meus sonhos de cigana
Oh orvalho porque me subestimas?
Cio de flor e passam as caravanas...





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