
A MORTE NÃO É PRIVILÉGIO TEU
Morrerei amanhã, confetes e serpentinas
Douto que és tu dirás: Não é privilégio teu!
Haverei de ir, mas eu prefiro morrer em lira
A mesma que aos poetas instiga, grande céu.
No firmamento minha alma será apenas luz
Anjo é sabido que não sou, mas brilho terei
Outra estrela habitar o espaço celeste, azul
Com certeza teu olhar de espanto levarei.
Acaso pensaste que morrer é glória de sábios?
Ao cimo embarcam espíritos todos os dias
Muitos não aprenderam a lição, o astrolábio.
Viveram sem direção, como autômatos, letargia
Eu deixo papéis amarelados, sou alfarrábio
E tu deixas o quê, uma vida de falsas alegrias?
“É tão difícil as pessoas razoáveis se tornarem poetas,
quanto os poetas se tornarem razoáveis. “
(Pablo Neruda)
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