segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A morte não é privilégio teu!



A MORTE NÃO É PRIVILÉGIO TEU



Morrerei amanhã, confetes e serpentinas

Douto que és tu dirás: Não é privilégio teu!

Haverei de ir, mas eu prefiro morrer em lira

A mesma que aos poetas instiga, grande céu.





No firmamento minha alma será apenas luz

Anjo é sabido que não sou, mas brilho terei

Outra estrela habitar o espaço celeste, azul

Com certeza teu olhar de espanto levarei.





Acaso pensaste que morrer é glória de sábios?

Ao cimo embarcam espíritos todos os dias

Muitos não aprenderam a lição, o astrolábio.





Viveram sem direção, como autômatos, letargia

Eu deixo papéis amarelados, sou alfarrábio

E tu deixas o quê, uma vida de falsas alegrias?







“É tão difícil as pessoas razoáveis se tornarem poetas,

quanto os poetas se tornarem razoáveis. “

(Pablo Neruda)



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