sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O fundo do poço





O fundo do poço

Hoje digo adeus aos velhos preceitos
Sou um miserável,
Presta nem o esqueleto.
Farrapo humano que a podridão
Consome.
Chagas mo fazem horroroso,
O pus escorre pelo âmago.
Os vermes deleitam-se com
O putrefato.
De fato estou morto sem
um ataúde.
E essa terra que me viu nascer,
Engole-me como um trago de
Uísque falsificado.
Imprestável como eu
Que passei pela vida como um
Acorde de guitarra na madrugada
Enevoada pela fumaça dos cigarros.
Companheiros meus, pobres
Bêbados sem casa,
Lembrai desse camarada,
Que na vida foi tudo e hoje
Chega ao umbral sem nada.

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