quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Atrás das lentes míopes (dueto com Paulo Alves)

Atrás das lentes míopes



Sou insurgente, tenho consciência.

Mas sou aquela que do amor não abdica

Quando amo dá-me impaciência

E se me queres, vem agora, fica!



Tenho fama de irreverente

Lógico eu diria e mentiria

Há timidez por trás das lentes

Óculos é conseqüência da miopia.



Assustei-te? Achavas-me mais atirada?

Poderia ser...Eis uma charada

Se me olhares mais uma vez...



Vês meus ares de malvada?

Vesti-me de loba, fera indomada.

Alucinação? Não! Exageraste no xerez!

Tânia Mara



Rebelde também sou por essência,

Pensar no amor, faz-me recear a saudade.

Os arrepios que sinto por tua irreverência,

São pergaminhos de dores por entre a ansiedade...



Não tenho fama em nada que em mim carrego.

Essa que te foi dada acabaste por a merecer.

Pois sempre foi assim, o maior cego,

É aquele que não ousa sequer ver...



Não me assusto com pouco!

Consciente da tua loucura

Fiz-me também de louco...



Viste os meus ares de ternura?

Foram enganadores?

Sinal de adeus à tua bravura...



E no fim, por mim não te preocupes,

Não sou eu que irei correr,

Pois continuam tuas, as lentes míopes...



LOL - Paulo Alves



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