terça-feira, 25 de agosto de 2009

Equilibrista



Equilibrista

Floresta imponente, concreto puro
Chaminés com fumaça nas narinas
Faz-se frio, sente-se a neblina noturna
Aromas indecifráveis, talvez boninas

Num átimo de debilidade humana
Vez em quando, vejo-me equilibrista
Em meio à multidão na cidade insana
É preciso ser artista para algumas conquistas

Ser um espécime feminino, tão delicado
Frágil aos olhos másculos, que pecado!
Um bibelô, louça inglesa, fina porcelana
Só que sou cimento, areia, argila, alambrado

Faço minha guerra em crises de consciência
Luto pelo diário desejo de ser eu o progresso
Arregaço as mangas num trabalho decente
E vivo carente, pois tu só vives em recesso!

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