DÉMODÉ
Venho desfiando raios de sol
Que se deitam comigo pela manhã.
Imprevisto pode ser o dia, porem creio
Nas nuvens lilases do entardecer.
Espero pela gota de orvalho que cai
Sobre a vidraça para o teu nome escrever.
Sei que sou démodé, mas o amor causa-me.
Estas loucuras.
Venho tentando roubar o perfume das
Rosas de jardins alheios e escrevo bilhetes
Apaixonados que faria o carteiro estremecer.
Finjo-me bailarina tentando
Acertar um demi-plié , em seguida
Dar um sissone para enfim num cruzado
Prender você.
Concentro minhas energias,
Calmamente beijo tua boca
E louca eternizo meu corpo
De mulher consciente dentro
Do teu ser.
Sei que sou démodé!
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