quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Lágrima de poeta





Lágrima de poeta

Busquei o fio tênue de esperança
Fitando o mar em percurso sereno
Pescadores lançavam as redes,
Sereias escondiam-se temerosas.
Lentamente, o silêncio tomou
Conta das areias. Solitária,
Quando o céu entregava às águas
Estrelas azuis e minhas lágrimas
Matizadas misturavam-se às ondas.
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Vai lágrima minha, viajante
Distante a procurar refrigério
Alma de poeta é inconstante
Inspiração surge como mistério

Vai lágrima sentida aos confins
Percorre o mundo das ilusões
O mar tem perfume de jasmins
Yemanjá, senhora das razões.

Vai lágrima e não olhe para trás
Siga o destino das maresias
A felicidade é um tanto fugaz
Somente sobrevive a poesia

Vai lágrima, vá ser semente
Brotar na face dos observantes
Escritores e poetas prudentes
Desse mundo de ignorantes.




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