terça-feira, 24 de novembro de 2009

Cordilheira




Cordilheira

Olhos de serpente, singular rutilo
Cabelo liso e preto até a cintura
Escondem os seios, dá-lhes asilo
Na boca dentes de extrema brancura

Como pode ser assim tão fria?
És como noite de inverno nos Andes
Onde a neve verte sobre a geografia
De teu corpo esguio em avalanches

Nuances de uma alma a ser revelada
Escuridão que traz a luz do encanto
Deste canto onde o condor faz revoadas

E eu que sou nada, detenho meu pranto
Pois chuva derrete a neve tão desejada
Apagando tua silhueta que amo tanto!

Nenhum comentário:

Postar um comentário