segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Primeira estação (Primeiro amor)





Primeira estação
(Primeiro amor)


Não quero crer em ausências
Quero juventude sem paciência
Colada em ti como chicletes
Jeans rasgado, tênis desbotado
Black Sabbath e seus verbetes
Lua em greve por um sol apagado
Quero o mundo do avesso
O apreço de um poema rabiscado
Na linha do trem expresso
Que me leva a teus braços
Eternizando os laços
Dos versos que premeditei
Olhando para teus olhos e não sei
Qual a cor do cavalo de Napoleão
O hoje reservou-me uma razão
Amanhã pode ser contestação
Posso dizer não por capricho
Mulher às vezes é um bicho
Carrapicho que gruda
Desnuda-se
E te diz até breve...
Mas antes dá um beijo para que a leve
Em sabor de fruta proibida
Em cheiro de rosa e na malícia
Não vive sem ti, jura nas primícias
Chora lágrimas de alegria e na fantasia
Desperta e amadurece para outro dia
Ai de ti que não vem
Já partiu o trem...

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