quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Bazófias



Bazófias






Minhas póstumas escrituras

Lavras utópicas de bel prazer

Feelings em partituras

Muito tenho pra dizer



Minha lápide ambrosia pura

coberta por rubra rosa adscrever

meu romanesco viver em lisuras

qual cereja madura para sorver



Antes porém, vou destrambelhar

desfilar nua pelo passaredo

enterrar todos os meus medos



Em meio ao alvoroço vou gritar

Recitarei as prosas, meus segredos

Morrerei na poesia num dia azedo!



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E de tanta arruça, pé quebrado

Farei folguedos com papéis

Culpa exclusiva dos menestréis

que trouxeram a lira do passado



Sonetos remendados, mal cozidos

em caldeirão de sensualidade

onde figuram calcinhas e a idade

da mente in (descente), empertigo



Jogarei as sílabas ao céu de arlequim

Sem contar uma sequer, é o fim

Bandeira negra, pintura a nanquim



E ainda perguntas qual o manequim?

Mortalha não tem número e enfim

um ataúde cheirando a jasmim!

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