Papel voando ao vento
perdido nas ruas da
cidade de trânsito caótico.
Diz-me algo, como se a
alma saltasse na primeira
esquina e ficasse ao léu.
Nada importa,
tudo é inutilidade
futilidade
Onde termina e começa
a tal saga?
Para o observante
inspiração
para os cegos de
coração, um nada
Falha-me a memória
sigo o papel se debatendo
entre veículos e sarjetas
e na banalidade da cena
conformo-me com o destino
incertezas fazem parte
Ajeito a bunda no assento
o amanhã pode chegar
com rumo certo.
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