sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sintonias



Sintonias




Um dedo de prosa

feriu-se nos espinhos

da rosa dos ventos

intento de querer

que o céu seja sempre

cor de rosa



As mãos então

recolheram-se

vingando-se do papel

que o espreitava



em dor as palavras

choravam

lamentavam-se



Nem sempre um

porre gera inspiração

nem sempre a alegria

vem bêbada

nem a fantasia faz-se

opção



o óbvio da pena

é que o tinteiro

é coisa do passado



o óbvio da poesia

está nos laços de fitas

dos presentinhos

que a natura nos empresta



O poema vem do íntimo

captá-lo depende das

ondas astrais

Sintonias em frequências

atemporais



Lembra-se da cantoria

dos pardais?





2 comentários:

  1. TÂNIA, QUERIDA !

    SEU POEMA É DE UMA BELEZA EXTRAORDINÁRIA!

    QUE BOM PASSAR POR AQUI E LER-TE !

    UM BEIJO!

    ResponderExcluir
  2. TÂNIA, QUERIDA !

    SEU POEMA É DE UMA BELEZA EXTRAORDINÁRIA!

    QUE BOM PASSAR POR AQUI E LER-TE !

    UM BEIJO!

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