segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pássaro real


Pássaro real

Quanta ternura vi em teu olhar
Alçando voo ao espaço celeste
onde nuvens infinitas a pairar
Como seda pura, macia, o reveste

O céu da tua pátria mãe, enluarado
Ornado de estrelas, deusas oníricas
num bailado magistral de um fado
segredos da tua vida tão lírica

Soubesses tu da minha idolatria
que perdida me fiz nos caminhos
de tua íris, divagando na magia
fazer de teus braços o meu ninho

Homem menino, tal pássaro real
que desvenda novos paraísos
num piscar de olhos, libidinal
Ora surges, ora vais sem aviso

Soubesses tu dos meus anseios
Femininos desejos, a lascívia
do calor que emana dos meus seios
fixavas residência em minha geografia!



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