Boneca de louça
Não sei o que acontece com nossas almas
Há um abismo em nossos corpos latejantes
Separando-nos, tirando-nos a paz, a calma
Caminho sem volta. Somos mais que amantes
Há um certo querer que a tudo assiste
Coadjuvante ansioso por entrar em cena
Não dá para esconder, não há o que despiste
A crueza do anti -sexo, mel sem açucena
Pobre de mim, flor em coxas roliças
Desperdiçando minha graça na infelicidade
De não desabrochar e tu só me atiças.
Por entre as vãs filosofias, sinto-me postiça
Boneca de louça, peça de adejo, casualidade
Exposta na vitrine a qualquer um, injustiça!
Tânia,
ResponderExcluirBelo soneto erótico.
O personagem distante, que não corresponde ao querer e aos suspiros da narradora, talvez suspeite que,se apertar demais, possa quebrá-la...
;)
Beijos, amiga.
Marcelo.
Como sempre,excitante...
ResponderExcluircomo sempre inspirada.
Gostei muito.Parabéns.
Muito bom!
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