
Poema sem vergonça
Dos teus sonhos queria ser a musa
Livrar-te dos pesadelos da vida
Difícil calcular o valor da hipotenusa
Tentei, arrisquei e a loteria é dívida.
Gastei e descasquei cebolas verdes
Chorei um pranto com teor alcoólico
Na acidez dos dias da terra auriverde
Olho-me no espelho, rosto melancólico
Sem espólio e destemperada, sonsa
Ando por aí falando com qualquer coisa
E como arame farpado pareço gerigonça
Amor enrustido faz-me absconsa
Olhos parados, nem mosca poisa
Vou ler uma revista e cobrir a vergonça!
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