Eu sou ninguém...
Alma açoitada inda é orgulhosa
Refrigera-se em alta madrugada
Pisoteando túmulos, invejosa
Querias tu uma lápide formosa?
Ambrósia e ouro em minhas vestes
Sou anjo de farta cabeleira negra
A inteligência? O céu me investe
De pureza e certezas sigo as regras
Do encanto divino sou adepta, porém
Insistem em me manter em escuridão
Para que não vejam o meu desdém
Desprezo está meu olhar e quem
De eu falar há ter a boca um vulcão
Espantada? Sou assim, não devo nada a ninguém!
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