terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pé de Veludo


Pé de Veludo


Dançava em meio às estrelas
Enquanto sua mão deslizava
Por entre pêssegos maduros.
Tentava sugar-lhes o néctar
Enquanto as nuvens passavam
Rosadas, reflexos da paixão.
Desde a tenra idade, roubava
Frutos proibidos em alheios
Pomares,  mania de ladrão.
Encanto que ás vezes, causa-lhe
Arranhões. Eram unhas aguçadas
Que rasgavam seus ombros para
Conter os gritos que condenavam
A arte da subtração.
Pé de veludo era sua alcunha,
Tirava dos ricos e dava aos pobres,
Lá em Marília vivia o vilão mais
Amado da população.
Certo que se tornou lenda ao invadir
A casa de honoráveis cidadãos e bater
Merda no liquidificador.
Mas veio o dia D e o gatuno procurado
Foi cercado num terreno baldio
E morto a tiros pela polícia local.
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O santo bandido da quadra 51                                                                                                                            

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