Ora, cansei-me das lágrimas involuntárias De chorar esse pranto que não tem sentido Pois o amor é um embrulho de padaria Tem que ter pão quente todo dia, sortido.
Há quem me condene e me aponte na rua Uma cadela ser-lhe-ia mais fiel e submissa Daqui para frente é ser moderna, andar nua Sei que preferia ver-me santa numa missa.
Pois que rasguei os véus da pureza e indecente Pinto minha boca de vermelho incandescente Banho-me em um perfume barato. Dou as cartas
Então entras no meu jogo, porém sejas prudente Teu destino está nas minhas mãos e pacientemente Entra ou sai, caso contrário, vá ao raio que o parta!
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