quarta-feira, 29 de julho de 2009

A chuva



A CHUVA

Por vezes sou mansa, noutras tempestiva
O céu é o limite, onde o vento fraternal.
leva-me ao teu encontro.
Filha de um tempo de ti e de mim.
Fragilidade, meus versos são tristes.
Inspiração que vem de ti,
que não estás aqui.
Dor tamanha, são sentimentos que derramo
sobre a terra em que pisas, fertilidade e vida
as rosas primaveris.
O mistério que há em mim está nas lágrimas
de amor que não cabe neste peito.
Sabes tudo ao meu respeito há séculos
Tenho idade bastante para tentar cantar
A música suave, balada da chuva fina.
Mas posso desabar com força explosiva,
se tu disseres que me deseja.
Conhecesses o meu sorriso marfim.
Meus deuses, crenças e medos...
O milagre que há no meu pranto,
que mais que choro é encanto.
Não negues nada, vês a umidade em teu corpo,
sou a chuva.
E ontem á noite quando estavas tão
exposto, fiz amor contigo!

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