quarta-feira, 29 de julho de 2009

Vestido preto matador






VESTIDO PRETO MATADOR

A noite se apresenta e um nó na garganta
Agita-se, sobe e desce, a boca seca,
Os olhos secos, desarmados. Incauta!
Na cama solitária, sombria boneca.

Tenho mania de ser gótica e te enganei
Tu me chegas como vampiro, a morder
Sorve do meu sangue e preparei
Uma armadilha, hoje tu vais ver!

Vou te jogar na cama, serás meu lauto
Banquete de uma dama afoita
Nem me venhas com jeito de arauto!

Do deleite faremos uma pernoita
Asas de morcegos... Basta de cauta
Ausculta os mochos, livra-te da coita!

Sofrer a dois é compactuar dos prazeres
Da carne e não morbidez por desejos
Subjectivos!

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