quarta-feira, 29 de julho de 2009

Noite enluarada





Noite enluarada

Ninguém viu a serpente em encanto
Escondendo-se na negra flor
Quem poderia supor que há pranto?
Chora-se de alegria por amor!

Noite a oferecer a lua arfante
Em ardil, apelo á pele...
Enlouquecida deusa nua. Extravagante
Marca no ventre a difere e te impele...

A invadir tua casa, tua janela
Para contigo se estreitar
Remexendo os quadris, tão bela!

Diva branca, tão graciosa a pairar
E a escuridão tanto apela
Desejo de morrer nos braços dela!

Nenhum comentário:

Postar um comentário