Vida digna!
Explicar a razão desse meu pranto
Que mais que saudade é realidade
De saber-me mais vivida, no entanto
Não se ter mais a força da mocidade.
Vi que os anos se foram como pó
As rugas serem tatuadas, uma a uma
O esqueleto frágil, debilitado, um nó
Na garganta e na visão apenas brumas.
Por vezes sorrio mas a dor essa é latente.
Nem sei se o riso é espontâneo ou ironia
Pois quem suporia encontrar-me doente
Faltam-me pernas para alcançar a alegria
Daquilo que fui só restam fotos atraentes
E a dignidade sempre presente no dia a dia!
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