quarta-feira, 29 de julho de 2009

Cavalheiro




CAVALHEIRO

Formoso em suas vestes de batalha
Impondo respeito aos nobres edis
Cavalheiro da espada que não falha
Põe-se romântico e de amor me diz

Preso na masmorra dos meus desejos
Castelo avassalador, corpo dessa dona
Duquesa de longas madeixas e arpejos
Ao tocar sutilmente tua bela corona.

Minhas vestes um grande empecilho
Vencido por a lâmina afiada, cortante
Rasgas as mantilhas, as jóias, mo brilho
Tens-me submissa, desnuda, amante

Amanhece o dia, sol arfante em Atenas
Sou Melena que desperta, atordoada
Na alcova o travesseiro solta as penas
Afrodite com inveja bate em retirada.

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