Pacificados loucos ventos dos Andes. Mutismo. Silente ramos nivosos. Águas mansas despontam á margem, Sobreviventes e parecem tão indefesas. Terra vulcânica...De súbito um guerreiro Mapuche galopa e num estalar de dedos Desaparece. São sensações, fotografia, memórias onde O condor não se faz ausente. Til-til...Canta passarinho, o copihue floresce. O cobre retrata, Neruda e o lápis - lazúli sua Amada. Pedro de Valdívia mantém-se na praça, O povo nas ruas, passeio al moneda. Meu filho tão pequeno olha-me, dá risada. Olhos que herdaram os traços, sangue latino. È bebê ainda, não entende o que se passa... A angústia que paira no ar entra pelos poros Sem pedir licença. Dói a dor alheia, sem querer Nos tornamos parte da parte mais feia. Sabe-se que o estádio chama-se Nacional, Comoção internacional. O destino tem lá suas surpresas, toque de Recolher. Eu tive que me submeter. Os anos que se seguiram foram difíceis até A queda. Liberdade, democracia e hoje Ao assistir ao noticiário vi o povo nas ruas. Greve! Ah Mestre como cantarias teus versos? Tão sonhada foi a liberdade que o chileno Aprendeu a não dormir de barriga vazia.
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