AQUARELA
E a manhã cantava docemente,
Frutas espalhadas pelo chão
Alvoroço de pássaros, incessantes
Num quadro tu eras um aldeão
Esgueirava-se à noite em primícias
Prímulas e rosas, com as saias ao vento
Num contento de faces pós-carícias
Borboletas saiam da paisagem sutil
Pousando levemente em meus olhos
O amor chegou assim, ninguém viu
Tu e eu sabemos do sentir febril
Dos aromas, da aquarela, da paixão sem refolhos
Pincelada exata, tuas mãos em meu quadril!
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