JAIRO NO CENTRO DO CÉU
Foram-se os dias tortuosos, os espinhos
Sem poesia, ela jazia em calabouço
Íntima escuridão, sem carinhos
Uma flor a esmaecer no fundo do poço
Refletiam em suas pétalas outras cores
A estrela do firmamento, solidária
Cobria-a de azul para afastar as dores
Nascia a rosa azulada imaginária
E o poeta deslumbrado ante a visão
Não soube explicar-se
Se
A natureza o amor lhe ofertou
Deixando-o perplexo
À magia se entregou e dela jamais se apartou!
para Jairo Nunes Bezerra
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