quarta-feira, 29 de julho de 2009

Não cobiçai a flor do próximo




Não cobiçai a flor do próximo


A natureza te fez tão bela
E desejada.
Teu encanto divina flor,
Provoca-me furor.
Cativo deste amor,
Mas irado com o criador.
Ele não tem pena da
Minha dor.
Fez-te tão aveludada
E cheirosa,
Provocando nos outros
Arroubos e torpor.

E eu tão pequeno em ti
Não posso me aconchegar.
Posso apenas roubar-te um beijo,
Exibir minhas chispas douradas
E inalar este teu mel.

E quando vou ao céu...Fico de
Joelhos a rezar.
- Senhor tenhas compaixão,
Deste-me a inspiração, poeta
tem coração!
Livra-me dos espinhos e daquele
Bando de passarinhos.
Dá-me a rosa vermelha que dança
Como feitiço de verão.

Se esta benção me for concedida,
Juro hei de adorá-la por toda a vida!

Caso contrário, terei que seguir na lida.
Rasgar minha alma e dar voz a minha
Fama, beija-flor atrevido.

É pecado, bem sei, mas o que fazer,
A tentação, o prazer vive em minha
Porta a bater!

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