 Não cobiçai a flor do próximo
A natureza te fez tão bela E desejada. Teu encanto divina flor, Provoca-me furor. Cativo deste amor, Mas irado com o criador. Ele não tem pena da Minha dor. Fez-te tão aveludada E cheirosa, Provocando nos outros Arroubos e torpor.
E eu tão pequeno em ti Não posso me aconchegar. Posso apenas roubar-te um beijo, Exibir minhas chispas douradas E inalar este teu mel.
E quando vou ao céu...Fico de Joelhos a rezar. - Senhor tenhas compaixão, Deste-me a inspiração, poeta tem coração! Livra-me dos espinhos e daquele Bando de passarinhos. Dá-me a rosa vermelha que dança Como feitiço de verão.
Se esta benção me for concedida, Juro hei de adorá-la por toda a vida!
Caso contrário, terei que seguir na lida. Rasgar minha alma e dar voz a minha Fama, beija-flor atrevido.
É pecado, bem sei, mas o que fazer, A tentação, o prazer vive em minha Porta a bater! |
Nenhum comentário:
Postar um comentário