quarta-feira, 29 de julho de 2009

Uma lira gira...



Uma lira gira...

Cravas as unhas nas minhas costas
Puxa minhas melenas, não vou gritar
Diga-me devassa em frases compostas
Meus olhos são falenas a bailar

Meu vício, contigo hei de me acabar
Sem álibi nem mistérios por desnudar
Tu conheces meus caminhos, o mar
Turbilhão de emoções pra te entregar

Receba-me como quem tem sede
Beba do sal, da vertigem, do luar
Toma-me, faz-me mulher, uma ode
Lira que gira, odisséia crepuscular

A libar sais e doçura do mel, bocas
Agridoce sabor, sensações loucas
Que voltam a serem mar e no ar
um tresloucado poema, gozar!

E se ainda assim sobrarem forças
Sopros de desejos e refeitos beijos
Recomeça sem pressa!
Lira que gira...sem se esgotar!

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