
MERETRIZ
Experimentei o vulgar
A vagar pela vida
Destituída de um lar
Fiz do bordel, a guarida
Poéticas noites a servir
E inalar a densa fumaça
Enlouquecer, beber, dormir
Sorver da essência: Trapaça!
O destino me tem descalça
Nua e sem virtudes
A quem diga: Devassa!
Esses já saciaram as inquietudes
Conhecem as marcas que trago
Tatuagens de cadeia e outras
Sabem que pagando tudo faço.
Todos eles têm nome: Honra!
Não aceito alcunha, palavrão
Chama-me apenas de meretriz
Resta-me ainda senso, coração
Sou mulher da vida, puta não se diz!
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