F E L I N O
Porque nasceste assim tão romântico
Instigas esta solitária orquídea negra
Que julgava ter um coração de pedra
Confesso-te meu rei, amei-te de súbito
Tu não és santo, desça deste púlpito
Apaixonei-me, desta vez fugi à regra
Meu peito dói demais e até sangra
Porque tens este corpo tão lúbrico?
Transmutei-me, meu tom está solferino
Estou indefesa, excita-me tua presença
Presa fácil em tuas garras de felino
Perdi a compostura e minha crença
Pois teus olhos profundos e cristalinos
Tiram o fôlego de qualquer ser feminino!
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