segunda-feira, 27 de julho de 2009

Muso



MUSO

Vinde florão da minha terra,
Cor trigueira, castanhos olhos,
Tempestade de minha alma,
Homem, linhagem brasileira!

Venha paixão, meu cavalheiro a ti todos os
Títulos de nobreza e o nomeio
Poeta da floresta, manhã de sol,
Fogo, chama que me envolve e
Incendeia até o arrebol.

Vinde, sou tua plebéia, essência
Feminina, vestida de estrela,
Escrava branca de teus afagos
E beijos.
Cravo e canela, homem, meu desejo.

Vinde, para ti vão todos os meus
Versos, sinfonia de pássaros,
Todas as rosas e jasmins e o vôo
Sutil desta borboleta que vive em mim.

Vinde te venero e tanto espero.
Em meu coração um grande amor
Sincero pulsa por ti, amor moreno,
Que nem mesmo a distância e esta vida
Tão ligeira separa porque afastar-me
De ti não quero!

Vinde meu “muso”, romântico e altaneiro,
Ser desta poetisa o sabor, o cheiro,
O poema, a obra prima a ser escrita quando
Meu corpo faceiro
Absorver o teu por inteiro!


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